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Minha jornada na gamescom latam 2025!

Acho que é claro, mas eu adoro videogames e todos os sentimentos que eles podem nos proporcionar, e foi por conta disso que criei este blog para poder escrever minhas jornadas, sentimentos e opiniões sobre os diferentes jogos que zerei e, quem sabe, acender uma chama que me faça voltar a jogá-los.

Um dos poucos eventos aos quais eu gostava de ir era o Big Festival, pois, além de ser acessível, sempre conseguia encontrar excelentes jogos, como, por exemplo, Planet of Lana. No ano passado, esse evento passou por algumas mudanças, tornou-se a gamescom latam e pude perceber diversas alterações, mas mantendo sempre a essência de valorizar a indústria indie.

Quando criei este blog, sempre pensei nele mais como algo pessoal, onde pudesse me expressar, mas, com a chegada da gamescom latam 2025, pensei: por que não? É um evento pelo qual sempre tive carinho e que sempre busquei acompanhar e, por incrível que pareça, consegui credencial como imprensa — só para constar, eu mesmo me surpreendi por tê-la conseguido — e, dessa forma, pude acompanhar de mais perto e por mais tempo este evento incrível que foi a gamescom latam 2025.

Valorização da indústria Indie

Paper Trail – Meu jogo favorito na gamescom latam 2025!

O que sempre gostei neste evento foi buscar e encontrar diferentes jogos indies que não fazem parte da grande mídia e que dificilmente possuem a visibilidade que merecem. Foi assim que, no ano passado, conheci Chants of Sennaar, Saviorless, Bionic Bay, Worldless Light Odyssey, Verses of Hope e American Arcadia. Infelizmente, ainda não pude jogar todos eles, pois o tempo é curto e sempre surgem muitos jogos bons, mas acredito que esse contato com a indústria de jogos indie seja imprescindível para ampliarmos nosso repertório e vivermos aventuras únicas e diferentes.

Neste ano não foi diferente: pude conhecer muitos jogos incríveis e, com toda certeza, jogarei alguns deles. Segue um breve resumo dos títulos que encontrei na gamescom latam 2025:

Paper Trail – trata-se de um puzzle game no qual precisamos encontrar o caminho dobrando o papel. O jogo se apresenta como uma folha de papel e, para avançarmos de um lado ao outro, é necessário dobrar as partes certas. Achei a ideia incrível e foi meu jogo favorito de toda a gamescom deste ano.

Ghetto Zombies: Graffiti Squad – é um jogo de survival no qual enfrentamos hordas de zumbis e utilizamos várias armas malucas para superar os desafios. E, como o nome indica, precisamos marcar nosso nome na história usando nosso graffiti.

One Card One Shot: Mafia – imagine uma mistura de Sniper Elite com card game. O jogo requer bastante reflexo, pois alguns momentos são muito rápidos e, se vacilarmos, facilmente seremos derrotados.

Mark of the Deep – trata-se de um jogo de ação com pegada Souls, no qual somos um pirata que deve descobrir os mistérios da ilha em que estamos e encontrar uma forma de salvar toda a tripulação. Gostei bastante da jogabilidade: fluida, com um combate simples, mas bem executado. Vale a pena conferir

Astral Ascent – um dos que mais gostei de jogar no evento! É uma mistura de plataforma 2D com roguelite, em que cada um dos quatro personagens tem um jeito único de ser controlado. Nosso papel é enfrentar poderosos inimigos para tentar fugir da prisão astral. Passei muito tempo jogando e testando estratégias diferentes. Além de ter um design lindo, tem uma jogabilidade excelente e alto fator de rejogabilidade.

Nine Sols – não vou mentir: desde que vi este jogo pela primeira vez, há um ano, ele entrou na minha wishlist. Foi na gamescom latam que finalmente tive a oportunidade de jogá-lo e devo dizer: que experiência incrível! Já sabia que era um título acima da média, mas jogar é diferente de apenas assistir. Com certeza, comprarei em breve.

Pipistrello and the Cursed Yoyo – assim que bati os olhos quis jogar! O visual me lembrou imediatamente o Game Boy Advance, mas, ao experimentar, percebi como ele é único. Além de um estilo de arte incrível, precisamos usar nosso super ioiô para enfrentar desafios, derrotar inimigos poderosos e resolver puzzles — simplesmente genial.

Forgotten Mines – mistura RPG tático com roguelite, onde recuperamos minas tomadas por monstros poderosos. O visual retrô é belíssimo, e a estratégia predomina durante nossa campanha.

Corebreaker – um jogo de plataforma 2D com elementos roguelite em que somos um robô que desperta após o fim da humanidade. Devemos enfrentar máquinas que exterminaram os humanos. O combate é acelerado, mas não muito difícil; recomendaria para quem conhecer algo do gênero com facilidade.

The Stochastic Dungeons of Apogee – ainda em desenvolvimento, mas já conta com demo no itch.io. Trata-se de um dungeon crawler com roguelite que, apesar de ter combate simples, diverte bastante.

Looppip – o simples bem feito, é isso que direi. Um jogo de plataforma 2D em que somos uma semente capaz de voltar no tempo para resolver desafios. O visual é muito bonito e, para quem curte esse estilo, a diversão é garantida.

Saborus – imagine um jogo de terror psicológico em que somos uma galinha tentando escapar de um assassino e de nossa morte certa… Assustador!

Bō: Path of the Teal Lotus – plataforma/ação semelhante a Nine Sols, mas com dificuldade mais acessível. É extremamente bonito, acrobático e veloz; gostei muito de jogar.

Underboard – um auto-battler em que montamos a equipe, preparamos magias, aprimoramos habilidades e exploramos o mapa para enfrentar inimigos cada vez mais fortes. Não sou fã do gênero, mas este me agradou e consegui fechar a demo na gamescom.

Soulchain – um jogo de plataforma bem desafiador, com mecânicas de pendurar e balançar no momento certo.

Onikura – um boss-rush em que enfrentamos diversos inimigos poderosos. O jogo traz sistema de parry, ataques especiais e upgrades de personagem interessantes.

Shadows of Chroma Tower – dungeon crawler em primeira pessoa com co-op. Podemos ajudar ou sabotar colegas, empurrando inimigos para cima deles e roubando os itens dropados. Os desenvolvedores mencionaram 16 variações de mapas, cada uma com mecânicas únicas, mas sempre com o objetivo de derrotar inimigos, coletar itens e sair em segurança da dungeon. Há progressão ao estilo roguelite e RPG, permitindo novas armas e habilidades em tentativas subsequentes. Também planejam modo solo offline.

Sunny Trails – imagine a deusa japonesa Amaterasu vindo ao Brasil para uma festa sem convidados. Precisamos descobrir o que está acontecendo. O jogo possui combate por turnos, que eu AMO! Lembrei imediatamente de Ikenfell pelo design e estilo de arte.

Shard Squad – se Vampire Survivors e Pokémon se encontrassem, seria isso! Sabe aquele jogo que consome horas e horas? Nem lançado ainda, mas já sei como será.

SOPA: Tale of the Stolen Potato – o nome já entrega a proposta: buscamos batatas no armazém da avó para a sopa, mas acabamos caindo em um mundo mágico e precisamos recuperar o que foi roubado, enfrentando desafios e resolvendo enigmas. Mistura de aventura e puzzle.

Ratatan – um roguelike rítmico com opção de co-op para até quatro pessoas. Parece interessante, mas jogo rítmico não é muito meu estilo.

Yasha: Legends of the Demon Blade – RPG de ação com elementos roguelite. Gostei bastante; as animações de ataques especiais lembram muito Demon Slayer.

Hell Clock – ARPG ambientado na Guerra de Canudos. Enfrentamos zumbis e outros inimigos poderosos. Já acompanhava o projeto, e ao jogar percebi que é um jogo excelente!

Palestras inesquecíveis

Uma entrevista inesquecível com Shuhei Yoshida

Outra coisa que gostei de acompanhar de perto na gamescom latam 2025 foram as palestras com diferentes personalidades da indústria de videogames.

Na quinta, tive a oportunidade de ver Bo Anderson, responsável pela franquia PayDay; Shuhei Yoshida, lenda da Sony, criador de Uncharted e The Last of Us e grande apoiador da indústria indie, trazendo jogos como Journey (um dos melhores de todos os tempos!).

Já na sexta, vi Guillaume Provost, CEO da Compulsion Games, um dos principais estúdios do Xbox, que compartilhou suas experiências e visões sobre como construir um mundo, criar uma história e dirigir um jogo. Também assisti Chris Charla, chefe do programa ID@Xbox, que valoriza jogos indie na plataforma Xbox/Game Pass. Confesso que fiquei um pouco decepcionado: falou-se muito sobre a história do Xbox até hoje e pouco sobre o futuro e inovações que podemos esperar.

No sábado, a primeira parada foi na AMD, para um bate-papo com Victor Iemini, o “rei dos portáteis”, YouTuber que acompanho desde a pandemia, quando tinha cerca de 10 mil inscritos e fala sobre PCs e videogames portáteis. Depois, assisti Waldemar Piekarski, gerente de localização da CD Projekt Red, falando sobre como localizar e dublar jogos para o português e as dificuldades desse processo. Em seguida, encontrei Wendell Lira, ganhador do Prêmio Puskás e hoje influencer de FIFA — um cara muito simpático e humilde, e ainda pedi uma foto! Por fim, participei de uma mesa sobre Pokémon Go com Michael Steranka e Alan Mandujano, discutindo a valorização da marca no Brasil e na América Latina.

Considerações finais

Ufa! Só de lembrar do tanto de vai e vem durante esses três dias de gamescom já canso, mas foi um evento incrível por vários motivos: a oportunidade de ser imprensa e ver tudo de perto (muito obrigado, gamescom!), a chance de conhecer novos jogos e, principalmente, indies, as palestras sensacionais e, por fim, todos os amigos que reencontrei e as novas amizades que fiz. Espero estar lá novamente no próximo ano cobrindo este evento inesquecível do início ao fim. Mais uma vez: muito obrigado, gamescom latam!

 

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