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From the Abyss – Uma joia esquecida do DS?

Sabe aquele jogo que você lembra de ter jogado um dia, mas depois nunca mais ouviu falar? Pois é, para mim esse foi o caso de From the Abyss.

História

Entre em dugeons e enfrente poderosos monstros

Em From the Abyss, assumimos o papel de um aventureiro do reino de Rubenhaut. Um portal dimensional que selava forças demoníacas acabou se rompendo, libertando monstros por todo o país. Nosso papel é entrar nesse portal, superar cada nível e derrotar os chefes para salvar o reino da destruição.

Não adianta esperar uma história complexa — na verdade, essa é praticamente toda a narrativa do jogo. Ela serve apenas para justificar nossa jornada: aceitar missões da rainha, explorar masmorras, conversar com NPCs do vilarejo e enfrentar chefes no fim de cada portal. Não há grandes reviravoltas nem personagens profundos — na verdade, mal há personagens (hahaha). Essa simplicidade pode agradar quem busca uma experiência direta, focada em exploração e combate.

Gameplay

From the Abyss é um dungeon crawler em tempo real com foco no combate de ação. O jogo conta com oito masmorras diferentes — como campos, florestas e castelos — e a mecânica básica consiste em entrar no portal, derrotar hordas de inimigos, encontrar a saída de cada andar e, por fim, encarar o chefe.

O personagem evolui ganhando experiência, e a cada nível você recebe quatro pontos para distribuir entre os atributos. Isso dá uma leve sensação de liberdade na criação de diferentes tipos de lutadores, mas, na prática, não muda muita coisa. Um ponto interessante é a habilidade Soul Capture: ao atingir um inimigo, é possível “roubar” suas habilidades — um dos poucos elementos realmente diferenciados do jogo.

Use a segunda tela para ajustar habilidades e itens

Os controles são simples e intuitivos: o direcional (D-Pad) move o personagem, o botão A ataca e os botões B, X e Y são usados para habilidades especiais. O stylus na tela inferior serve para acessar menus — como o inventário, o mapa e a distribuição de pontos de status. A navegação é bem organizada e prática, mas há um detalhe que pode incomodar alguns jogadores: não existe botão de pausa. Se precisar usar itens ou trocar de arma no meio de uma luta, o jogo continua rodando — o que pode atrapalhar um pouco (a menos que você jogue Dark Souls, hahaha).

Minha principal crítica é que, depois de um tempo, a exploração e o aumento de status tornam o jogo muito fácil. Com o ritmo repetitivo das dungeons, ele pode se tornar cansativo. Pelo menos é curto — fiz praticamente tudo e zerei em cerca de 10 horas. Para um jogador casual, o game oferece um bom tempo de entretenimento simples, mas não vai muito além de “entrar em dungeon e derrotar chefão”.

Ambientação

Um dos pontos altos do jogo: o design dos chefes!

O estilo visual de From the Abyss é claramente nostálgico e encantador, com gráficos em pixel art coloridos que lembram clássicos do gênero. As masmorras têm temáticas variadas — floresta, gelo, lava etc. — e são apresentadas em visão aérea 2D. Os sprites dos inimigos e chefes são detalhados e bem animados.

Por outro lado, muitos elementos são reaproveitados conforme o jogo avança: inimigos mais fortes são apenas versões coloridas de anteriores, e os cenários de fundo são estáticos e repetitivos. No geral, o visual agrada pela simplicidade e cores vivas, mas não chega a surpreender — é bonito, só que sem grandes detalhes ou animações de fundo.

Conclusão

From the Abyss oferece uma experiência simples e direta de RPG de masmorras. A história é básica, o combate é fácil de aprender e o jogo é divertido para quem busca algo descomplicado. No entanto, ele se torna repetitivo e curto rapidamente. Pode ser uma boa pedida se você quiser algo rápido e despretensioso, mas não espere uma narrativa envolvente ou inovação. A ambientação e a trilha sonora cumprem o básico, e o visual retrô é simpático, embora sem grandes surpresas.

No fim, vejo From the Abyss como um jogo agradável por um tempo, mas que parece ter sido feito mais para preencher espaço e custar barato do que para ser lembrado como uma joia perdida do DS.