Tempo de jogo: 54:02h
Acho que todos temos aquele jogo que nos marcou e talvez nos fez apaixonar por videogames e para mim, esse jogo é Final Fantasy X! Lembro que, quando era criança, assisti a um AMV ao som de Nickelback – Far Away e achei o jogo bem legal e quando tive a chance de ir no camelô da vida e comprar, lembro que, na época, o rapaz disse que tinha a versão melhorada e que o antigo tinha acabado – Esse jogo era o Final Fantasy X-2… não poderia estar mais errado hahahaha, mesmo não entendendo muito inglês na época, eu percebia que o jogo tinha muitas pontas soltas, e um tempo depois descobri o motivo: esse jogo era a continuação!
Enfim, foi assim meu primeiro contato com a série Final Fantasy, já no PS2, e talvez, naquele momento, já estivesse surgindo o jogo que se tornaria meu favorito da vida. Porém, desta vez, joguei o Remaster para PC e devo dizer que, em alguns aspectos, ainda acho a versão de PS2 melhor.
História

O jogo começa com Tidus, uma estrela do blitzball (e, para mim, um dos melhores minigames de todos!), vendo sua cidade, Zanarkand, ser atacada e destruída por um monstro chamado Sin. Durante o caos, Tidus se encontra com Auron e, juntos, vão enfrentar Sin; porém, são pegos durante um ataque e Tidus é teletransportado para um local chamado Spira.
Nesta nova região, Tidus descobre que Zanarkarnd foi destruída há 1000 anos e acaba conhecendo Waka, um jogador de blitzball; Lulu, uma poderosa black mage; Kimahri, um guerreiro silencioso; e Yuna, uma invocadora que está em uma peregrinação para derrotar Sin. Neste mundo, os invocadores são pessoas extremamente respeitadas e reverenciadas por onde passam, pois são capazes de convocar os Aeons para lutar ao nosso lado por meio de orações em templos antigos. O grande objetivo desta peregrinação é obter a Invocação Final, um poder capaz de destruir Sin temporariamente. Logo de início, vemos que Yuna segue sempre acompanhada por seus guardiões – Wakka, Lulu e Kimahri – e a garota pede que Tidus se junte ao grupo. Ele, que inicialmente busca um caminho para voltar para casa, aceita fazer parte temporariamente da equipe.

Durante este começo de jornada, encontramos novamente Sin, que acaba destruindo uma vila inteira e matando diversas pessoas. Neste momento, Yuna, como invocadora e protetora, solicita realizar o ritual de passagem para o que chamam de pyrefly (para nós seria similar a alma) e, desta forma, começamos a entender um pouco mais o que é a religião Yevon e por que ela é realmente tão importante neste mundo – nota: quase o mundo inteiro a segue e tudo sobre Yevon é considerado verdade absoluta por seus seguidores.
Também vamos para Luca, onde acontece o torneio de blitzball – e, obviamente, eu venci com o incrível placar de 1×0. Durante um ataque de monstros, reencontramos Auron, um guerreiro lendário que enfrentou Sin ao lado de Jecht, pai de Tidus, e Braska, pai de Yuna. Em seguida, Auron pede para se unir ao grupo, tornando-se o guia que impede que percamos o foco da missão e, além disso, cuida de Tidus, que durante esse começo da jornada é bem despreocupado com tudo o que está acontecendo e está mais interessado em encontrar uma forma para voltar para casa. Pouco tempo depois, reencontramos Rikku, uma garota da tribo Al Bhed, que diz querer seguir como guardiã de Yuna também; por conta disso, Auron aceita e ela passa a fazer parte do grupo.

Uma coisa que é muito interessante: neste mundo Yevon e Al-Bhed são rivais, pois enquanto Yevon acredita que Sin é um castigo pelos pecados da Guerra Machina, conflito milenar no qual a antiga Zanarkand, foi destruída e por isso proíbe tecnologia, associando-a à arrogância que atraiu a ira de Sin. Já a tribo Al-Bhed não concorda com estes ideais e fazem o uso destas tecnologias antigas, indo contra algumas práticas de Yevon, como a própria peregrinação para derrotar Sin.
Em certo momento, conhecemos Seymour, um dos Maesters e líderes de Yevon, que nos apresenta mais sobre a religião e sobre como destruir Sin, utilizando as máquinas durante um ataque conjunto entre Al-Bhed e a Cruzada – indo contra os próprios dogmas da religião. Contudo, isso apenas demonstrou o quão forte Sin é, pois acabou derrotando todos que estavam presentes. Depois disso, visitamos Guadosalam para conversar com Seymour, mas, de forma geral, o grupo não confiava muito nele (por que será… hein!?), principalmente Auron e Tidus (ele é mais por que sente ciúmes por conta da Yuna). Pouco tempo depois, descobrimos que ele havia matado seu próprio pai para se tornar um Maester e que tinha a intenção de usar Sin para benefícios próprios.

Após o confrontarmos, acabamos entrando em uma luta e o derrotamos. Com isso, liberamos o mundo de um grande mal (ou não, cenas dos próximos capítulos)… Neste mundo, se não for realizado o ritual fúnebre, as almas podem permanecer como pessoas e viver normalmente; por isso, as invocadoras têm o papel de libertar as almas deste mundo.
Após certos eventos, descobrimos que todos os invocadores estão sendo sequestrados e que Yuna também desapareceu. Descobrimos, então, que são os Al-Bhed que estão por trás de tudo isso, pois eles não querem que a Invocação Final seja feita, já que, ao utilizar esse poder, o próprio usuário morre no processo. Neste momento, Tidus descobre a verdade – até então, ele não sabia disso. Para mim, essa cena é foda, pois, em vários momentos, ele diz: “Quando tudo isso acabar, Yuna, a gente volta aqui”, mas, na verdade, não tem volta – para Yuna, era uma viagem só de ida. Isso deixa um peso muito grande para toda a jornada, pois imagine acompanhar alguém rumo à morte certa…
A cidade, chamada de Home pelos Al-Bhed, é destruída por Yevon, mas nós, juntamente com os outros invocadores, conseguimos sair de lá com a ajuda de Cid – afinal, todo jogo tem que ter o homem, hahahaha – que é pai de Rikku e, descobrimos, também é tio de Yuna (Vou deixar para falar de Wakka e sua emocionante disputa entre Yevon e Al-Bhed mais para frente.), mas descobrimos que Yuna não está lá e havia sido capturada por Yevon.

Vamos para Bevelle, onde Seymour está forçando um casamento arranjado com Yuna, e nosso papel é acabar com essa farsa. Após fugirmos da morte certa e Yuna conseguir sair das mãos de Seymour, vamos ao templo, onde conseguimos Bahamut – para mim, o segundo Aeon mais apelão do jogo, atrás somente de Anima (que não é apelão, mas quase um ser supremo hahahaha). Durante nossa fuga de Bevelle, adivinha quem aparece novamente para nos enfrentar? Sim, o próprio Seymour… e, mais uma vez, o enfrentamos e o derrotamos.
Saindo de Bevelle, vivenciamos talvez um dos grandes momentos, em que todos percebem que Yevon não é bem o que imaginavam ser e, ainda por cima, serão tratados como criminosos, mesmo lutando para proteger a todos da ameaça de Sin. Nesse momento, Tidus realmente passa a perceber melhor o que se passa ao seu redor e entende como tudo isso é importante para os seus companheiros, deixando de focar apenas em interesses pessoais. É aqui que Tidus e Yuna expressam, de forma sincera, tudo o que estão sentindo e se declaram um para o outro – acho que é um dos grandes momentos, já que Yuna, que sempre esteve focada na peregrinação mesmo sabendo que iria morrer, pela primeira vez revela o que realmente sente e que gostaria de viver e conhecer mais do mundo.

Depois, vamos ao Mt. Gagazet, local onde se situa a tribo Ronso, e lá Yuna demonstra sua determinação ao Maester Kelk Ronso, que, ao perceber que ela está disposta a enfrentar Sin, mesmo que o mundo inteiro a odeie, permite que ela passe – mesmo sendo inimiga de Yevon. Em seguida, Biran e Yenke interrompem Kimahri, dizendo que ele não tem direito de entrar no Mt. Gagazet, pois é fraco. Com isso, ele volta a enfrentar seu passado, lutando sozinho contra Biran e Yenke – ele que no passado havia os enfrentado e perdido seu chifre, desta vez, após vencê-los, recebe o direito de passar, por ter se tornado o Ronso mais forte de todos.
Não negarei que o Mt. Gagazet é meio chato: o número de batalhas aleatórias é bem alto e isso acaba cansando um pouco depois de certo tempo e adivinha quando chegamos no topo do Mt. Gagazet? Sim, Seymour aparece mais uma vez para nos enfrentar. Desta vez, ele afirma ter acabado de matar todos da tribo Ronso, o que deixa todo mundo muito irritado, e decidem, de uma vez por todas, acabar com ele. Essa batalha acaba sendo um pouco mais complicada que as anteriores, pois Seymour já não possui forma humana e apresenta algumas habilidades bastante apelonas, mas ainda assim é possível enfrentá-lo sem grandes problemas.

Após a saída do local, Tidus é meio que levado para um outro lugar por Fayth (que seriam as almas que habitam os Aeons) que explica que na verdade ele não é uma pessoa de verdade, mas sim um sonho – ele diz que após a grande batalha que houve que destruiu Zanarkand, no qual os invocadores remanescentes e os moradores que sobreviveram, se tornaram Fayth para a criação de um sonho que seria Zanarkand aonde Tidus existe e que ele, seu pai e tudo que vivenciou naquele lugar, não passava de um sonho de lugar ideal criado pelos Fayth e que ele talvez seja aquele que dará fim a este sonho eterno.
Depois disso, vamos em direção à Zanarkand, local onde poderemos encontrar a Invocação Final. Neste local, podemos encontrar memórias do passado de Jecht, Auron e Braska e entender um pouco como foi a ida deles para o local em busca de salvar o mundo. Para acessar o local, precisamos fazer alguns puzzles que não dos mais difíceis, mas o que vem a seguir… – aqui é minha maior crítica – o salto da dificuldade nessa boss fight é absurdo, parece que vira outro jogo de uma hora para outra, é um boss relativamente bem forte, mas ele tem alguns ataques em área que se você vacilar vai causar status na sua equipe e depois esquece… reinicia e joga de novo hahahaha, o que digo é, vai com calma e abusa das summons mais fortes que vai dar bom.

Neste local, o grupo (menos Auron, obviamente) descobrem a verdade: não existe Invocação Final! Em seguida, vão conversar com Yunalesca para entender o que precisa ser feito para derrotar Sin. Ela informa que Yuna deve escolher um de seus companheiros para que se torne Fayth para a Invocação Final e, com isso, descobrem que o núcleo da criatura é Jecht, pai de Tidus, transformado em monstro. Além disso, a cada derrota de Sin, Yu Yevon sobrevive possuindo o Aeon da Invocação Final da invocadora, recriando Sin e perpetuando esse ciclo de sofrimento. Vemos também uma cena em que Jecht decide se tornar Fayth e pede a Auron que cuide de Tidus, afirmando que encontrará uma maneira de parar Sin.
Com todos esses sentimentos aflorando, Yuna se nega a seguir por esse caminho, e Yunalesca afirma que essa é a única forma de dar uma nova esperança para a humanidade – um ciclo infinito de Yevon (acho que não preciso dizer muito sobre essa religião ter duas faces, né!?). Com isso, inicia-se uma luta contra Yunalesca – que, para mim, foi bem fácil; não sei se foi por conta daquele dragão desgraçado que, antes tinha sido tão difícil, mas essa foi vencida logo de primeira, sem sustos.
Ao final da luta, Tidus e Auron têm uma conversa na qual descobrimos que Auron morreu tentando enfrentar Yunalesca sozinho para vingar as mortes de Jecht e Braska, e que ele ainda permanece naquele lugar, pois havia prometido a Jecht que protegeria Tidus e lutaria ao lado dele. Quanto mais conhecemos Jecht, mais percebemos o quanto ele se importava com Tidus e que, na verdade, não era o pai ruim que este imaginava – era apenas um homem que não se expressava bem e acabava levando as coisas com um certo humor.

Determinados a quebrar o ciclo de uma vez por todas, Yuna e seus guardiões decidem enfrentar Sin diretamente. Antes da batalha final, encontramos Fayth, que pede que, durante o confronto contra Yu Yevon, Yuna invoque todos os Aeons para impedir o retorno de Sin – mas ela avisa Tidus de que, com isso, o sonho chegará ao fim.
Na busca por todos os Aeons, fui atrás de Anima – comigo, esse solou todos os inimigos hahahaha – que estava faltando, e descobrimos que a Fayth deste Aeon é a mãe de Seymour, a qual nos conta um pouco sobre o passado dele. Em seguida, aparecem as Magus Sisters (são, basicam ente, três Aeons em uma Summoning; para ser sincero, usei essa summon apenas uma vez e não gostei muito). Após conseguir esse Aeon, Belgemine, que sempre nos apoiou e deu dicas de como melhorar em nosso combate com os Aeons, nos pede para realizar o ritual que a enviará ao Farplane.
Indo para a batalha final, adivinha quem encontramos? Sim, aquele homem que não conhece a palavra “desistir”: Seymour, que, desta vez, se uniu a Sin. Depois de uma batalha bem cansativa contra ele, nós o derrotamos, e, finalmente, Yuna realiza o ritual para enviá-lo para o além… AMÉM!

Tidus reencontra seu pai e o enfrenta, libertando-o do controle de Yu Yevon – tudo isso ao som de Otherworld, simplesmente metal na bossfight final em Final Fantasy hahahaha. Jecht é derrotado e sai do controle de Sin, mas acaba morrendo no processo, e o grupo então enfrenta Yu Yevon, onde precisamos invocar todos os Aeons e, após Yu Yevon possuí-los, devemos matá-los para encerrar a existência de Sin para sempre – e esse momento é um pouco triste, pois precisamos derrotar e matar todos os Aeons que nos apoiaram ao longo da jornada, mas, ao mesmo tempo, sabemos que esse também é o desejo deles.

No fim, Yuna realiza uma cerimônia fúnebre para libertar as almas presas, incluindo a de Tidus, que começa a desaparecer por ser parte do sonho dos Fayth, e a de Auron, que já havia morrido anos atrás na luta contra Yunalesca. Em uma cena memorável, Tidus se despede de Yuna com um abraço, simbolizando o amor e a perda da promesa de não poderes ver o amanhã juntos.
A história se encerra com Spira finalmente livre, com Yuna como uma das líderes da nova Yevon encorajando o povo a seguir em frente.
Yevon – O uso fé para manipulação
Para mim, Final Fantasy X explora, de maneira sutil, como a fé está sempre presente no cotidiano das pessoas e como pode ser instrumentalizada para controlar o povo, ocultar verdades e perpetuar ciclos.
Algumas coisas que são bem evidentes como, por exemplo, a proibição do uso de machina pela religião de Yevon como forma de evitar a “ira divina”, pois é dito que foi pelo uso delas que Sin apareceu, em decorrência dos pecados cometidos pelos humanos. Na realidade, essa regra serve para impedir que Spira avance tecnologicamente e permaneça presa em uma bolha – e um momento que deixa isso claro é quando chegamos em uma cidade e Auron comenta que ela está exatamente igual a como estava há 10 anos. Inicialmente, há aquela sensação de nostalgia, mas à medida que conhecemos a verdade sobre Yevon, percebemos que isso é uma crítica à conformidade das pessoas com tudo.
Yu Yevon, líder de Zanarkand, criou Sin como uma “armadura” para proteger sua invocação da cidade idealizada (o Zanarkand dos Sonhos). No entanto, a religião de Yevon transformou essa figura em um deus vingativo, omitindo seu papel como criador da própria criatura que aterroriza Spira e Yu Yevon como o primeiro protetor de Spira. Os ensinamentos religiosos atribuem a Sin um papel punitivo e divino, justificando sua existência como castigo pelos “pecados” da humanidade, como o uso da tecnologia (machina).

A religião também reforça a ideia de que a Calmaria (período de 10 anos de paz após a derrota temporária de Sin) só é alcançável através do sacrifício de um invocador e de seu guardião, que se transformam no Aeon Final. Esse ritual, no entanto, é uma mentira, pois Yu Yevon absorve o Aeon Final para reconstruir Sin, sendo necessárias novas peregrinações para manter esse ciclo sempre ativo. Na conversa com Yunalesca, ela mesma diz que isso é um mal necessário, pois é o único jeito de manter a esperança das pessoas centrada em um objetivo comum, mas, na verdade, é uma maneira extremamente sádica e arrogante de perpetuar o poder.
Porém, a religião também possui pontos muito positivos a serem destacados: os templos de Yevon servem para que as pessoas compartilhem seus lutos por meio do ritual de envio de almas, que é algo específico dessa religião. Se a alma não é enviada ao Farplane, ela pode se tornar uma “não enviada”, como é o caso de Seymour e Auron, ou pode se transformar em monstro; por isso, esse ritual é extremamente importante para garantir a passagem.
Outro ponto que merece destaque é que a jornada dos invocadores inspira a população a acreditar em algo maior, as pessoas veem neles o altruísmo e a vontade de sacrificar pelos outros e por isso, em geral, as pessoas são extremamente respeitosas e dispostas a ajudar os invocadores.
Minigame – Blitzball

Eu acho Blitzball e Gwent são meus minigames favoritos dos video games, o tempo que eu perdi aqui é brincadeira hahahaha. De maneira bem simples, o jogo seria uma mistura de futebol, rugby e polo aquático e é praticado dentro de um domo de água. Um time é composto por 1 goleiro e 5 jogares de linha.
Quando um jogador em posse da bola se aproxima de adversários, um “encontro” vai ser iniciado. Nessa situação, o jogador precisa escolher entre diferentes comandos: Passar, Chutar, Driblar ou Defender (quando o adversário está com a posse da bola) – eu não vou entrar em muitos detalhes de habilidades especiais e estatísticas, pois é muito maluco e se jogar fica mais fácil de entender. Mas uma coisa legal é que durante os encontros, podemos utilizar técnicas especiais que melhoram os atributos e assim aumenta nossa chance de sucesso durante uma ação – por exemplo, “Sphere Shot”, utilizado exclusivamente por Tidus, aumenta a potência do chute para o gol.

Além disso, Blitzball faz parte da narrativa de Final Fantasy X, como forma cultura e entretenimento para Spira, aonde temos a cidade de Luca, local onde ocorrem os torneios de Blitzball.
Mas devo concordar que o jogo é meio “duro” nas movimentações, parece que está 80% completo esse minigame, mas eu vou sempre defendê-lo hahahaha.
Desenvolvimento de personagens
Para mim, quando se fala de desenvolvimento de personagem, há 3 em especial que se destacam em Final Fantasy X:

Tidus: ele aparece como uma pessoa despreocupada e um pouco arrogante, afinal é a estrela de blitzball em Zanarkand. Sua jornada em Spira o força a confrontar a ausência do pai, Jecht, e a realidade sombria de um mundo assolado por Sin. Aos poucos, ele vai assumido um papel de liderança, especialmente ao apoiar Yuna em sua peregrinação e por demonstrar carinho e preocupação com a sua jornada para deter Sin. Além disso, ele que sempre demonstrou rancor e desprezo por Jecht, acaba tendo uma nova visão através de Auron, que o ajuda a entender o sacrifício que o pai dele fez e que em todos os momentos se preocupava em cuidar de Tidus.
Yuna: inicialmente ela surge como uma invocadora que carrega o pesado destino de salvar o mundo e que ao longo do jogo, ela demonstra coragem, determinação e serenidade. Porém, ao longo do jogo, ela vai demonstrando também suas vontades e fraquezas, como querer salvar o mundo, mas poder viver ao lado de todos e não morrer no processo. No fim, ela ainda passa a uma líder que questiona dogmas de Yevon, recusando-se a sacrificar seus guardiões para invocar o Final Aeon e lutando para encontrar uma nova forma de salvar o mundo.
Wakka: é um grande devoto de Yevon que inicialmente despreza os Al Bhed por conta que a religião diz que as machina que trouxeram Sin ao mundo e seu irmão acabou sendo morto durante uma batalha contra Sin, fez aumentar ainda mais sua rigidez religiosa e isso se reflete a cultura de Spira em geral. A convivência com Rikku (Al Bhed) – é um momento até interessante quando Wakka descobre que Rikky é uma Al Bhed – e a descoberta da corrupção de Yevon fazem ele questionar suas crenças, pois tudo em que acreditava começa a se mostrar falso. Seu amadurecimento é marcado pela aceitação do irmão morto, Chappu, e pela rejeição ao fanatismo de Yevon.
Gameplay
O jogo é um RPG por turnos que utilizao sistema Batalhas Condicionais por Turnos (CTB), abolindo o sistema Active Time Battle (ATB) – AMÉM!
O sistema CTB é indicado como uma linha do tempo gráfica, na qual exibe a ordem em que todos os personagens irão agir. Cada escolha de ação pode afetar essa ordem, já que algumas habilidades demoram mais para serem executadas do que outras. Assim, o jogador precisa planejar estrategicamente não apenas o que fazer, mas também quando fazer, para controlar o fluxo da batalha, como atrasar a ação de um inimigo ou aumentar a ordem dos ataques dos aliados com magias de aceleração (Haste).

Um ponto extremamente positivo desse game: troca de personagem não custa ação, você pode alterar entre os personagens o quanto quiser durante a batalha e isso deixa ela muito mais dinâmica, pois inimigos voadores são difíceis de acertar com quem usa espada, então só em trocar o personagem para enfrentar determinado inimigo, ajuda no bom andamento.
Uma outra coisa que adora nesse jogo: Os summons são jogáveis, quando você faz a invocação, ela não vai lá faz um ataque e vai embora como em outros jogos, nesse a summon é um personagem jovável que você controla as ações e, na minha opinião, isso deixa o jogo muito mais legal.
Sphere Grid: em Final Fantasy X, ao invés de subir de nível ganhando (XP), o jogo criou um novo método que são as Spheres Grid em que cada personagem possui um grande tabuleiro, repleto de nós interconectados, que contêm aprimoramentos de atributos, habilidades especiais e magias – para quem quem joga Path of Exile, é a mesma coisa.

Conforme os personagens obtêm pontos de “Sphere Level” ao derrotar inimigos, nós podemos mover o personagem dentro desse grid, alcançando novos nós para desbloquear com habilidades ou estatísticas. Essa mecânica permite uma personalização muito maior, pois cada personagem pode ser especializado de maneiras diversas, porém se montar errado esse Sphere Grid… vai sofrer, eu como não sou nenhum expert (e nem quero ser) jogo do jeito simples com o jogo guiando qual lado seguir.
Conclusão
Final Fantasy X é um jogo que sempre tive e terei muito carinho, não sei ao certo, mas foi um dos primeiros jogos que joguei (O FF X-2 hahahahaha), mas sempre que lembro desse game me vêm boas memórias e uma vontade de falar com todo mundo sobre o quanto esse jogo é incrível!
De uma forma mais rasa, podemos dizer que ele mostra um conto de amor entre Tidus e Yuna e é muito legal ver como isso é feito – até por que em vários momentos o Tidus se torna meio que um narrador da história e conseguimos ver seus pensamentos, porém o jogo explora temas como fé, sacrifício e a busca por verdade em meio a dogmas corruptos. Um momento extremamente marcante para mim é o final quando o Tidus diz que é hora dele ir e a Yuna começa só a gesticular a cabeça dizendo não – cara… sempre me emociono nessa cena…
Tem uma outra coisa que sempre que vejo tento buscar, são as gravações de Jecht, Auron e Braska, é muito legal ver como os 3 se sentiam durante a jornada e como na verdade Jecht se importava e amava Tidus, mas por ser um cara meio ruim de se expressar, acabava muitas vezes deixando um mal entendido entre ele e Tidus e como ao longo da jornada, Tidus começa a entender quem realmente era seu pai.
Esse de longe é o jogo da minha vida, tudo que escrevi aqui não representa metade do meu sentimento com esse jogo, mesmo eu considerando a versão do HD Remaster inferior em alguns aspectos a do PS2, são coisas tão pequenas que na verdade não mudam em nada para mim o prazer que tive de jogar novamente e posso dizer que cada vez que jogo, eu tenho um visão diferente sobre esse jogo, a forma como a história é contada, o jeito como a religião é apresentada, a relação entre os personagens e sua evolução ao longo de toda a jornada… para mim, tudo isso é incrível.
Poucos são os jogos que realmente me prendem e me fazem querer saber mais e mais sobre o que está acontecendo como Final Fantasy X fez, com certeza essa é uma das melhores experiências que tive e espero em um futura não tão distante escrever um review sobre o remake, estou torcendo para um dia surgir.
Esse eu sei que ficou grande, mas se alguém apareceu por aqui e gastou seu tempo lendo minha experiência com o meu top 1 da vida, muito obrigado!