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Disco Elysium: The Final Cut – Diário de um detetive quebrado

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Disco Elysium com toda a certeza foi um dos grandes achados de 2024 para mim, acabei conhecendo ele por conta do Clube do Jogo do Galinha Viajante e devo dizer que foi uma grande surpresa. Esse texto eu fiz um pouco diferente dos demais, por conta de ser mais um RPG Interativo, acabei descrevendo meio por cima a minha experiência ao longo dos dias dentro do jogo e acho que por conta disso ficou um pouco mais extenso que o de costume ahahahaha.


Dia 1

O jogo começou apenas com um fundo preto, conversando com algo que parece conhecer a existência, enquanto nós não temos noção do que está acontecendo.

O jogo diz que você está em um lugar de escuridão total, onde a consciência começa uma conversa sobre sair de onde estamos. Ela nos fala sobre irmos para a zona abissopelágica, que nada mais é do que a zona abissal, uma das partes mais profundas e escuras do mar. Senti um pouco da pegada da teoria da caverna de Platão, em que nossa consciência nos diz para permanecermos onde estamos por ser um lugar seguro e conhecido. Eu fui contra isso e desejei conhecer o que está fora dali, mesmo sendo avisado de que só há dor, sofrimento e traição. Afinal, não podemos definir o que realmente existe em um lugar que não conhecemos apenas através do que outros falam; a experiência é necessária para um bom desenvolvimento.

O jogo continua com nós abrindo os olhos, apenas de cueca, em uma casa quase toda detonada: móveis sujos e roupas jogadas no chão, cheia de garrafas de bebida espalhadas. O homem parece estar bêbado — será que ele teve essa conversa com seu inconsciente enquanto estava bêbado? Afinal, o maior momento para filosofar é quando a pessoa tomou todas, hahaha.

Fui ao espelho e vi meu rosto; percebi que pareço um alcoólatra e que meu rosto está sorrindo de um modo totalmente falso; mesmo tentando parar, não consigo. O próprio espelho informa que, de tanto usar esse sorriso, agora ele não sai; virou parte de mim. Para mim, isso é como as máscaras que vestimos para ir trabalhar, estudar etc.: muitas vezes não podemos ser nós mesmos, precisamos fingir ser alguém que não somos para sermos aceitos naquele ambiente. Com o decorrer, percebo que isso é apenas uma expressão de dor: muitas vezes sofremos em silêncio por trás de um sorriso falso, pois é a maneira mais fácil de lidar com tudo.

Indo mais fundo nos pensamentos, descobri que, 20 anos antes, já era usada essa expressão em boîte de nuit (algo como uma discoteca). Agora está claro que, por algum motivo, bebemos até esquecer tudo o que aconteceu conosco até então, mas não conseguimos encontrar a razão disso. Pelo que tudo indica, existe alguma conexão entre ela e um cantor chamado Guillaume Le Million, que dizem ser amado por todos. Essa expressão é considerada algo raro de se ver nos dias de hoje: seria porque as pessoas estão menos preocupadas com os outros, ou será que a sociedade realmente colapsou? Afinal, pelo que tudo indica, a expressão é usada para quando não estamos sendo “nós” mesmos, seja para agradar os outros ou quando não estamos confortáveis com o local ou a situação.

Andando pelo quarto, me deparo com a janela quebrada e percebo que provavelmente joguei meu sapato para fora, quebrando a janela e ficando sem calçado. É incrível o quanto o jogo se desenvolve em tão pouco tempo, mas já deixo uma coisa aqui: ele é alguém com depressão; a bebida parece ser um meio de esquecer de tudo. O rosto com um falso sorriso, o quarto todo acabado e mal cuidado, ele também parece não se preocupar consigo mesmo — são todos pontos que indicam depressão. Muitas vezes, o jogo dá a opção de eu não precisar pegar o sapato, de eu não precisar de ninguém. Isso claramente representa alguém que está passando por dificuldades e, das duas, uma: ou ele acha que as pessoas vão prejudicá-lo, ou não sente que é digno de ajuda.

Mais um ponto que indica depressão: o narrador diz que a gravata é hedionda e que o nó parece de enforcamento. Não direi mais nada.

Assim que saímos do quarto, uma mulher loira chamada Klassje nos dá “oi” e nos chama de policiais. Ao conversar com ela, sabemos que estamos há três dias nesse lugar (e conseguimos destruir tudo, kkkkkkk). Pode ser tudo uma encenação dele para tentar ser outra pessoa. Parece que fomos chamados para resolver o caso de um cara que morreu lá há alguns dias e deixaram o corpo naquele lugar.

Conhecemos Kim Kitsuragi, que parece ser um policial assim como nós e é nosso companheiro de investigação. Após cumprimentá-lo, temos a opção de inventar um nome, mas logo em seguida podemos simplesmente dizer que ainda não é hora dele saber. Resolvi dizer que não sei meu nome.

Parece que Kim estava me procurando há dois dias, mas, por algum motivo, não nos encontrou. Estávamos “ocupados com outras coisas” — o que seriam, não sabemos. Ele demonstrou certo desgosto ao saber que não tiramos nem o corpo da árvore nesses dias. Esse homem parece ser bem meticuloso; nos analisou e percebeu que usamos a insígnia da Milícia Cidadã e, por isso, deve assumir que somos policiais. Também informei que não lembrava de nada, mas ele se mostra mais preocupado em resolver o caso, já que faz sete dias que o corpo está pendurado.

Conversando com uma senhora cadeirante chamada Lena, entendemos um pouco de como a cidade funciona: Revachol não tem governo próprio, é controlada por potências estrangeiras, e a democracia, ela diz, é “orientada pelo mercado” — algo como um governo liberal, talvez? Ela também diz que não existem “policiais” ali, não no sentido que entendemos. Talvez funcione mais por interesses pessoais, mas ela evita falar mais sobre o assunto e diz que não é a melhor pessoa para isso… talvez críticas ao regime existente possam causar problemas? Podemos ver que Kim anotava tudo enquanto conversávamos. No fim do dia, ao conversar com Kim, ele explicou que a polícia tem como objetivo apenas manter a ordem, aplicando principalmente multas às pessoas; por isso, muitos não a consideram polícia, mas vigilantes (tipo guarda municipal).

Ao conversar com o gerente, ele diz que o corpo foi estirado na árvore por “eles”, mas, quando tentamos puxar mais assunto, ele volta atrás, diz não saber ao certo e que houve murmúrios das pessoas sobre isso. Além disso, uma mulher trabalhava lá e, depois do incidente, resolveu sair do hotel; pegamos o número dela para tentar contatá-la mais tarde. Ao que parece, os estivadores foram quem lincharam e mataram o homem.

Fui ao carro e conversei com Sylvie, a pessoa que cuidava do hotel antes do gerente. Pelo que ela indicou, largou o emprego por minha causa: nós só bebíamos o dia todo e, no dia em que pegamos o pássaro empalhado e começamos a bater e gritar, ela ficou com medo e pediu para sair.

No jogo, fala-se sobre Dick Mullen, um detetive de um livro que, ao visitar a livraria, me lembrou muito Sherlock Holmes.

Estou ainda na metade do primeiro dia e só agora fui atrás do corpo; até então, conversei com pessoas e explorei um pouco daquele lugar. Um caminhoneiro, bem gente boa, disse que está havendo uma greve do sindicato e, por isso, o porto está fechado; ele está aguardando a reabertura. É um cara bem brincalhão e eu conversei com ele de forma mais descontraída. Além disso, esse sindicato não parece ter interesse em ajudar os outros, mas sim em se aproveitar da situação para benefício próprio.

Explorando a biblioteca, deparei-me com uma casa antiga dentro dela e achei que fosse algum tipo de comunicação para passar informações sem o governo saber, mas, pelo que Kim disse, parece ser um tipo de RPG “virtual”. Andando mais por essa casa, encontramos uma entrada secreta com diversas armas já deterioradas, mas uma parecia estar em bom estado, e a levamos conosco (já que perdemos nossa arma).

Investigue a cena do crime e descubra quem é o assassino!

Na cena do crime, fui conversar com um garoto que estava jogando pedras; vimos que havia um amigo dele um pouco mais atrás e, logo no começo da conversa, soubemos que aqueles meninos de 12 anos estavam drogados e alucinando. Combinei com Kim o que poderíamos fazer, mas ele logo disse que não faria nada. A conversa com eles é meio perturbadora: no início, eles só nos xingavam e depois começaram a dizer que estávamos abusando deles, e por isso acabamos vazando. Eu tentei dar um soco nele; na primeira vez, meu personagem errou, caiu no chão e morreu; na segunda, apenas fugi. Esse garoto, filho da puta, se chama Cuno; parece saber mais do que aparenta, talvez tenha mais importância na história.

No local do crime, encontrei uma lixeira fechada e voltei para pedir a chave ao gerente, já que havia apenas 2% de chance de abrir e, se falhasse, provavelmente morreria. Ao abrir a lixeira, encontrei a calça e a camisa da vítima, meu distintivo e também meu fichário com anotações de casos antigos. Lendo o fichário, descobrimos que o personagem resolvia, em média, dois casos por dia e que ele sempre nomeava os casos, como “Os Assassinos da Badal Quadrada”, “O Sofá Inesperado”, “O Caso Insolúvel”. Esse caso achei foda: são duas pessoas bêbadas, uma fica nua e a outra agressiva, mas, por perturbar a ordem, não podiam ser presas ou qualquer coisa do tipo e, por isso, o nome. O caso não era resolvido há mais de dez anos e sempre passava de policial para policial. Depois de um tempo em que pegamos esse caso, começamos a ficar estressados com tantas reclamações; acabamos bebendo e agredindo um desses dois infratores, o que fez com que ele não pudesse mais andar; assim, tiramos eles das ruas e “resolvemos” o caso.

Lá perto há alguns apartamentos (ou cortiços), e um cara com jaqueta roxa está na varanda, fumando — essa varanda fica de frente para a cena do assassinato. Ao começar a questioná-lo, observamos que ele sabe mais do que quer contar e, ao pressioná-lo um pouco, conseguimos fazer com que ele dissesse para irmos ao apartamento onde ele mora. Ao chegarmos lá, vemos que está vazio, e Kim combina de voltarmos no dia 2, às 23h, e depois disso fugimos.

Acho que o momento mais importante desse dia foi a conversa com Joyce L. Messier, representante e negociadora da empresa Wild Pines, que negocia com o sindicato. Eu tentei pedir dinheiro a ela para pagar a dívida do hotel, e minha própria mente veio falar comigo, dizendo para não fazer essa merda; no fim, acabei desistindo da ideia. Nessa conversa, entendemos um pouco de como era o mundo antes e depois da Coalizão: o mundo era uma monarquia e, após uma doença se espalhar e matar muitas pessoas, isso foi o estopim de uma guerra. Essa guerra envolveu monarquistas e comunistas e, no fim, os dois lados se fuderam e quase todos morreram; foi nesse momento que a Coalizão — uma aliança feita por Graad, Sur-la-Clef, Messina e Oranje — surgiu, e foi essa aliança que destruiu a Revolução em Revachol. Após esse evento, a cidade se tornou liberal, na qual não existe governo, nem polícia, nem nada do tipo, apenas uma cidade que parou no tempo devido à forma como é governada. A mulher também comenta que o mundo está evoluindo, mas Revachol está parada.

Em relação ao sindicato, Joyce diz que ele é controlado por dois irmãos filhos da puta, gananciosos, egocêntricos e extremistas que estão fazendo toda essa greve, sem pensar nos trabalhadores, mas sim em benefício próprio. Ela afirma que, desde que esses dois entraram no poder no sindicato, as coisas só pioraram, pois antigamente eles reivindicavam melhorias para os trabalhadores: no passado, receberam benefícios com H.E. e plano de saúde, mas, desde que os dois dominam o sindicato, está mais parecendo uma organização criminosa. Nesse ponto, acredito no que ela diz, pois o gerente do hotel também falou muito mal do sindicato. Tentamos puxar mais informações sobre o linchamento e o assassinato do homem na árvore, mas ela deu um drible em nós e disse que só nos passaria a informação se conseguíssemos nosso distintivo (que o cara enfiou no cu — não literalmente, só não sabe onde jogou) ou se ajudássemos a descobrir se o sindicato está auxiliando no transporte de mercadorias para a produção de drogas; nesse momento, acabamos aceitando porque precisamos saber quem está por trás do assassinato. Ahhhhhhh!!! Oito pessoas estavam no linchamento, informação importante!!! Quando fomos ver a cena do crime, vimos as pegadas e, ao analisá-las, conseguimos determinar que havia oito pessoas no linchamento e assassinato do rapaz. Voltando… ela informa que fecharam a estrada, a ponte que leva ao porto, pois esse era o melhor momento para conseguir descobrir a verdade sobre o transporte de drogas e que, provavelmente, em um dos caminhões parados naquela estrada, deveriam estar os materiais que iriam ser entregues aos criminosos.

Conversamos um pouco mais com ela sobre como a companhia Wild Pines funciona, com o que ela trabalha, o tamanho da empresa… mas acredito que esses dois pontos foram os mais proveitosos da nossa conversa. Se for necessário algo mais, volto para explicar mais adiante.

Depois disso, voltei para o hotel; já eram quase 23h, e o cara não nos deixou dormir por conta da dívida. Kim acabou nos auxiliando com umas calotas que ele tinha guardado e nos deu para vendermos na casa de penhores.

Nessa casa de penhores, conhecemos um cara meio esquisitão e vimos que ele estava drogado. Ao ser questionado, descobrimos que ele foi parte do grupo de resgate de um acidente nuclear; ele usa isso para, meio que, apagar as dores daquele evento. O evento, de forma resumida, foi assim: resolveram construir uma bateria para gerar energia mais barata para a população pobre, mas o projeto foi mal desenvolvido, mal construído e não havia verbas suficientes… logo deu bosta: explodiu e houve radiação para todo lado. O senhor da loja de penhores também explica que muitos morreram de câncer devido à exposição e que, por isso, resolveu sair de onde morava e ficar onde está agora. Ao conversar com ele, descobrimos que fizemos uma grande merda: simplesmente vendemos nossa arma para ele, que logo revendeu para uma garota que nem soube descrever, pois ele só queria se livrar daquela coisa. No fim, pegamos o dinheiro e voltamos para o hotel.

No hotel, pagamos o gerente e fomos para o quarto. Antes disso, Kim nos chamou para conversar na varanda, para alinhar tudo o que aconteceu hoje; ele também nos falou um pouco de como funciona a RCM, que, como disse antes, não é bem uma polícia. Falamos sobre o caso e depois fomos dormir. Fim do primeiro dia.


Dia 2

Comecei o dia negando meus próprios pensamentos de fazer merda e depois desci para falar com Kim e voltei a conversar com a senhora na cadeira de rodas. Acabei pegando a missão de procurar o marido dela, e ela diz que seu marido é um cientista criptoologista. Kim já fala que isso não é ciência, e sim um hobby, e quando fui perguntar mais, acabei falhando no teste, e Kim me cobrou para não perder tempo com isso.

Voltei para ver o corpo e vomitei novamente. Fui falar com Cuno, perguntei sobre a cabeça de porco e depois disse que também tenho uma e apontei para a minha; ganhei uns pontos por isso porque ninguém esperava.

O que é arte? E o que seria a arquitetura?

Voltei para conversar com o caminhoneiro, e ele disse que estava pensando em umas rimas. Aí inventei de ser poeteiro e o deixei impressionado. Logo depois, minha conceitualização me disse que sou exatamente igual a um artista moderno e que deveria escrever poemas e críticas arquitetônicas; inventei de perguntar se arquitetura era arte. A resposta foi exatamente o que a imagem acima está mostrando ahahahaha.
Sobre a música, ele diz: “É arte apenas o tipo mais experimental de música — provavelmente o restante deve considerar a mesma coisa.”
Depois disso, fui àquela parede que dá para interagir, e agora estou com a missão de fazer uma bela arte nela; até peguei um pincel com Cindy depois de implorar para ela. Agora preciso buscar óleo, já que a mente proibiu o uso de tinta por ser simples demais.

Converse com as pessoas e receba novas missões

No fim, aceitei a missão de ser crítico de arte, ahahaha: 50% para prender criminosos e 50% como crítico para prender quem não faz arte, hahahaha.

Andando mais um pouco, conversei com uma motorista de caminhão racista, que chegou falando para Kim: “Bem-vindo a Revachol”, e isso já deixou ele puto; ele saiu xingando o cara pra caralho. Depois, explorando mais o sul, comprei uma camisa nova e, com minha conceitualização, consegui criar todo o esquema do motivo de a placa estar no chão, determinando até qual carro foi utilizado para isso; com isso, acabei pegando a missão de descobrir quem está por trás disso.

Encontrei dois velhos conversando numa pracinha e jogando bola; sem perguntar, peguei uma e falei: “Eu sou a bola.” Joguei-a no rio como se fosse arremesso olímpico. Os velhos ficaram doidos, um se orgulhando de ter arremessado a bola por mais de 24 metros, e os caras xingando, dizendo que era petanque (tipo bocha) e não arremesso de peso. Ele falou que queria a bola de volta; prontamente neguei. Logo em seguida, me fez iniciar uma campanha para trazer o comunismo de volta.

Conheci uma senhora em frente à livraria; a abracei e disse que era “um abraço por dia contra a burguesia”. Depois, perguntei pelo marido desaparecido dela, e ela não entendeu; perguntei pelas filhas desaparecidas, e também não entendeu o que estava acontecendo.

Comprei e li um livro de cacatua, e me defini como sendo uma “cacatua”, uma espécie nova que mistura cagada com cacatua — e estava certo nessa definição.

Consegui entrar no sindicato e pegar o casaco; havia 8% de chance de conseguir, e deu certo — gastei minha sorte aqui, pelo jeito, hahaha. Lá, conversei com um cara muito gente boa, de quem consegui extrair algumas informações, e depois entrei para conversar com o Serjão dos Foguetes — digo, Evrart, um dos cabeças do sindicato. Conversando com ele, descobrimos que nosso nome é Harry Du Bois e que Evrart parece estar o tempo todo de olho em nós; ele até sabia de nossa arma desaparecida. Acabei aceitando a missão de abrir uma porta para ele, só porque quero ver no que vai dar. Naquele lugar, também vi várias garrafas de bebida, e pelo jeito fomos nós que as tomamos, mas ainda não sabemos exatamente o motivo disso tudo.

Depois de tentar várias vezes, consegui entrar no contêiner e falei com o “Cara Mega Rico Dobrador de Luz”, que, por ser tão mais rico que a gente, literalmente faz a luz em volta dele se dobrar, e nós não conseguíamos nem vê-lo, kkkkkkkkkkkk. O jogo deu o nome de teoria de Weiss-Wiessemann; perguntei a Kim, e ele diz que, para ele, está tudo normal, só que nós não conseguimos enxergar direito. Além de ser bilionário, o cara é mão de vaca: fui pedir dinheiro, e ele deu R$ 3 para mim, hahahaha — disse que era tudo o que tinha em mãos. Ele viaja dentro do contêiner para evitar as pessoas ao redor e toda exposição pública.

É muito importante testar todas as possibilidades… ou não…

Voltei ao local do corpo e tentei removê-lo. Kim usou a arma e atirou no vento; depois, pedi para usar e fiz o IMPENSÁVEL — dei um tiro em Cunoesse e matei a desgraçada. No fim, deu game over. Tentei depois atirar no cinto, mas deu ruim, e acabamos indo pedir ajuda no sindicato; o cara que parecia um titã racista acabou sendo obrigado a descer o corpo, e examinamos, ensacamos, e Kim o levou para autópsia, e só volta na manhã do dia 3.

Depois disso, fui tentar investigar o caso das drogas e descobri que nosso amigo caminhoneiro sabia quem era a responsável pelo transporte. Depois de forçá-lo a falar, ele nos entregou a chave e acabou ficando desapontado comigo devido à minha atitude. Ao entrar no caminhão, descobrimos que ela é a oitava membro do grupo dos Hardies, que não estava com o restante do grupo lá no hotel bebendo; tudo porque, no caminhão dela, havia uma lixa no pedal do acelerador — logo, tudo leva a crer que não era um baterista o responsável pelo linchamento.

Voltei para falar com o pessoal dos Hardies que estava bebendo no hotel; confrontei-os, e o próprio líder deles confessou tudo, mas sabia que não adiantaria de nada. Eles também vieram com a história de que o cara estava abusando e teria estuprado uma mulher, mas depois começaram a fugir do assunto quando os confrontei sobre isso; essa seria a justificativa para eles terem matado o cara. Durante a discussão, vi que ia acabar morrendo e recuei, kkkkkkkkk.

Abri um quarto de apartamento que Evrart tinha pedido, mas quando fui falar com ele, devido ao horário, ele já não estava mais no contêiner, e vou ter que avisá-lo no dia 3. Até cheguei a entrar, mas não achei nada demais, só o que parece: quem vive lá seria nacionalista, e isso pode estar irritando-o.

Voltei a conversar com Joyce e falei que descobri o caso das drogas e que iremos investigar, mas não dei detalhes. Ela aceitou e conversou comigo sobre o que sabia do assassinato. Por tudo que fiz até o momento, não senti que essa conversa agregou muito; acabou sendo só uma confirmação de tudo que já descobrimos, exceto pelo ponto de que o cara que morreu e mais outras duas pessoas trabalham para ela. Ela não gosta deles, mas seus subordinados parecem estar meio putos com ela e contrataram esses três como intermediários da conversa. Um deles foi morto por supostamente ter assediado e estuprado uma mulher; o outro parece ser o cara que fica na frente do porto, brigando para liberar a entrada para o pessoal trabalhar; e a outra parece ser a mulher na sacada do hotel que estou tentando acessar, mas não consigo.

Sobre a foto do cara morto: Joyce mudou um pouco a história que estávamos pensando que fossem constelações e disse que é como se fossem as cidades pelas quais o homem passou, vindo de outro país/continente para cá, e marcando no corpo os lugares que visitou até então. Ela disse para evitar mostrar a foto do morto aos colegas de trabalho dele, pois ele pode acabar levando a pior, e obviamente concordei.

No fim, aquelas autocríticas que aparecem no jogo me levaram a três caminhos distintos: um dizia que eu era comunista, outro dizia que eu era fascista e um terceiro liberal; e, no fim, ganhei a alcunha de policial chato, hahahaha — a pessoa que não tem uma opinião própria definida só vai seguindo o fluxo dos acontecimentos e empurrando todas as discussões políticas para evitar grandes problemas.

A missão de achar as partes da armadura do defunto eu larguei de lado, falei que não queria e voltei para Cuno; ainda disse que o cara agradeceu a Cuno pelo que fez, e ele ficou sem reação, sem entender nada.

Também fui ao prédio do cara fumante às 21h para conversar com ele, mas ele logo saiu e disse para eu conversar com a pessoa que estava na casa, pois era ela quem poderia responder minhas perguntas. Entrando lá, conversei com Charles Villedrouin, que disse ser um oficial do governo da Coalizão. Ele explica que não viu, mas ouviu o que aconteceu no domingo e que, por conta da escuridão, não conseguiu enxergar o que ocorria — praticamente tudo que ele disse eu já tinha noção, então não agregou muito. Ele disse que não houve tumulto e que houve praticamente silêncio total e que a vítima já parecia inconsciente quando chegaram lá — isso corrobora o que um dos Hardies disse: que tinha nocautado o cara pelas costas.

Os eventos do dia 2 acabaram ficando um pouco fora de ordem, mas foram essas as principais coisas que aconteceram. No fim do dia, fui à loja de penhores, vendi umas bugigangas e comprei por 50 centavos um boneco de um guerreiro sem cabeça que, pelo que parece, é uma lenda em Revachol; depois fui dormir. O sonho, para variar, foi meio bizarro: toda hora criticava minha interação com as pessoas, onde eu tinha a opção de tentar fugir desse mundo, o que não fiz; acabei dizendo que gosto de pessoas e depois tive meu próprio inconsciente criticando as dores que sinto na região do fígado e dos rins, dizendo que não tenho mais salvação, que já me estraguei demais para querer pensar em melhorar. Com isso, acaba o dia 2.


Dia 3

Kim retornou à cidade, e o encontrei já no hall de entrada do hotel. Conversei com duas pessoas que estavam nas primeiras cadeiras, e uma delas parecia me conhecer; minha própria consciência acreditava que ele era um policial disfarçado (o cara estava vestido com roupas da RCM), mas, pelo jeito, ele e a mulher ao lado não eram.

Depois, fui à frente da greve conversar com o cara que está liderando os grevistas para começarem a trabalhar; ele é um dos três mercenários contratados, e mostrei a foto do homem enforcado, já dizendo: “Ele era o seu coronel.” O homem apenas pegou a foto e ficou quieto olhando. Ele falou um pouco sobre o passado dos dois juntos, que estiveram em algo como uma batalha/guerra, e, pelo que contou, parece que estupraram uma garota; ela, depois de uma semana, foi morta por um cara chamado Sage Mason, que, depois disso, literalmente comeu a garota.

Conversei com Evrart e trocamos informações. Ele pediu para eu coletar a assinatura de duas pessoas para a criação de um centro juvenil; acabei aceitando para ver o que havia na carta, e, pelo que parece, é bem pior do que ele tinha falado. Ele disse que seria uma construção de seis meses, mas que poderia demorar anos para ser finalizada, atrapalhando a vida dos moradores da região e forçando-os a sair de lá. Evrart disse que só após coletar as assinaturas nos ajudaria com a arma. Também conversamos sobre os mercenários, mas ele não mencionou que eles estariam se reunindo para começar uma briga com os Hardies. Quanto aos Hardies, Evrart contou tudo que aconteceu, mas não demonstrou nem um pouco de preocupação quando soube que iria prendê-los; pelo contrário, ficou interessado para ver se conseguiríamos.

Voltei ao hotel para conversar com o cozinheiro, pois alegaram que estavam colocando algo estranho na sopa, deixando todos mais animados, e descobrimos que o cara coloca vodka.

Cheguei à mulher em frente à livraria e disse que achara o marido dela, apontando para um homem bêbado sentado. Ela ficou brava, pois não era o marido dela; depois eu disse: “Errei, fui muleque”. Com isso, ela conversou um pouco mais conosco e nos deu a missão real de encontrar o marido dela, pois já faz 36 horas que ele está fora de casa — provavelmente saiu com uns amigos para beber e não voltou.

Voltei para falar com os Hardies após a conversa com Evrart, e eles ficaram mais mansos; com isso, consegui passar no teste de autoridade e falar com a garota que supostamente teria sido estuprada, e era simplesmente a garota com quem conversamos em frente à nossa porta no primeiro dia. Ela contou um pouco sobre si, mas evitou entrar em detalhes; sobre o estupro, ela disse que não foi bem isso, que Titus pediu para ela “apimentar” a história, mas que ela não concordou. Pela conversa, ela diz que não houve nenhum tipo de agressão sexual: os dois se conheceram, beberam, usaram droga pra caralho e transavam — era um tipo de relacionamento. Na hora em que ela falou de curtir com o cara, Harry apontava para o rosto e falava: “Mais que eu? hahaha”

Com isso, descobrimos que foi ela quem nos ligou para fazer a investigação do caso, pois já não aguentava mais ver o homem pendurado.

Atenção, o rei do pinball chegou!

Descendo, voltei para falar com os Hardies e consegui vencer o teste para pegar a chave que abria a porta azul da cozinha. Lá, havia uma máquina de pinball: “Cabras de Gurdi”. Eu jogava, e Kim ficava dizendo para eu desistir, pois ninguém ganhava — perdia dinheiro… mas eu ganhei, e ele ficou extremamente impressionado. Além disso, descobrimos a verdade sobre Kim: seu nome é Kim “Pinball” Kitsuragui, o Kimball, mas ele não pareceu feliz com isso. Depois, ele contou que teve que fazer uma missão quando era policial juvenil e, por isso, todo mundo o chamava de Kimball.

Depois, descobrimos umas pegadas recentes naquele lugar, e isso dava acesso direto à varanda da moça “estuprada”. Fiz um teste de olhar nos olhos dela, e, depois que passei, a coisa ficou louca: a voz interior “Volição” disse que todo eu está comprometido e que não posso acreditar em nada do que as outras vozes digam a respeito dela.

Falei sobre a porta azul com o gerente do hotel; ele fingiu desinteresse, e eu o provoquei aos poucos para ver sua reação. Foram legais essas provocações para estimulá-lo.

Depois disso, fui para o outro lado da cidade, agora que consertaram a ponte, e encontramos o carro que derrubou metade da cidade destruído e metade dele submerso no lago congelado. E adivinha… É O NOSSO CARRO, hahahaha.

Pelo menos achei meu distintivo no carro e descobri que sou superior a Kim, pois tenho o título de tenente duplo-yefreitor, por já ter recusado duas vezes a promoção para capitão.

Andando pelo mapa, conheci três irmãos: dois meninos brincando fora de casa e a menina brincando dentro. Depois, conheci a mãe deles, que é pescadora e disse que o marido morreu no mar. Andando pelo mapa, entrei em uma tenda onde três caras faziam uma espécie de rave e pediram para expulsar quem vive dentro da igreja; aceitei, pois queria saber o que havia lá dentro e precisava da chave para abrir o cadeado.

Com mais exploração, conheci um cara muito bem vestido com seu filho, que explicava sobre a fábrica Feld Electrical; ele também falou MUITO sobre tudo que a envolve (o que era, o que fazia, o que aconteceu com ela) e sobre o prédio em questão.

Encontrei o cadáver de outro homem no cais perto da fábrica e descobri que era o marido daquela mulher de quem aceitei a missão mais cedo; amanhã terei que dar a notícia a ela.

Explorando a região, encontrei os dois zoologistas, e eles concordaram em voltar para casa. Porém, conversando com o companheiro do marido da cadeirante, descobrimos que ele possuía parte da armadura do cara que morreu e que a casa que abrimos outro dia, do cara com as canecas racistas, era dele. Também pegamos a missão de averiguar todas as armadilhas dos zoologistas.

Depois disso, fui para a igreja, e lá vimos a imagem de Dolores Dei; Kim disse que é um seguidor, já que não é uma religião que requer fé, apenas conformidade, pois é algo constitucional. Lá, também achamos outro computador para o jogo de RPG. Depois, conheci um cara que vive na parte de cima da igreja e ficou dando lição sobre alcoolismo e Deus; ele também nos ajudou com a senha do computador e disse que não se importa se lá virar um clube de música.

Quando finalmente conseguimos usar aquele computador, chegou a mulher responsável pelo projeto e nos deu um sermão, dizendo que estávamos atrapalhando o serviço dela e falando sobre o clube de música que pretendiam fazer lá. Ela não curtiu a ideia e disse que os rapazes estavam escondendo algo. Ao voltar e confrontá-los, eles disseram que, na verdade, iriam fazer um laboratório para fabricação de drogas, mas, depois de conversar com eles, concordaram em abolir a ideia e focar na discoteca. Acabei pegando uma missão com a programadora para obter o resumo de todo o projeto em que ela está trabalhando, assim ela não precisa ficar mais na igreja e os rapazes podem utilizar o espaço.

Finalizei a quest dos gafanhotos para o zoologista, e em uma das armadilhas não havia mais bicho, mas, para variar, foi o Cuno mexendo nas coisas.

Hora de mostrar todas as emoções e cantar no Karaokê

No hotel, conversei com os Hardies e confrontei Titus, dizendo que a mulher disse que não havia sido estuprada. Nesse momento, ele perdeu a cabeça e ficou puto por ela não ter seguido o plano que haviam feito, e isso acabou quebrando o grupo; tanto que eles ameaçaram agressão contra nós, e, se isso acontecesse, seriam presos. Mas a advogada interveio e os fez ficar mansos. No fim da discussão, eles entregaram uma fita, dizendo que tinham a prova de que o cara realmente estuprou alguém; peguei para ver depois.

Além disso, tive uma conversa bem legal com Cuno, onde ele disse que Cunoesse simplesmente apareceu um dia lá e que, até mesmo, ele tem medo dela, pois a garota matou muitas pessoas, e ele falou sério. Além disso, fui à casa dele e roubei toda a droga para impedi-lo de usar; depois, conversei com Cuno sobre o pai dele, e ele ficou um pouco desestabilizado e disse que, no futuro, certamente será a mesma merda que o pai dele: um bêbado e drogado que não liga para ninguém, apenas para si mesmo, e que vai morrer cedo.

Depois disso, já eram 00:00h e resolvi ir dormir. Tentei ver se a moça da varanda estava lá para falar sobre o assassinato, mas ela já tinha saído.


Dia 4

Comecei o dia já recebendo uma missão: assumir “la responsabilité”. Logo, fui falar com Kim sobre isso. Por um momento, ele achou legal, pois era dar mais ênfase ao caso, mas respondi que era sobre o mundo, e ele logo demonstrou decepção, hahahahaha.

Conversei com Evrart e descobri com quem está minha arma. Também questionei sobre um cartel de drogas que ele parecia estar apoiando às escondidas, mas ele logo fez-se de João sem braço, e eu disse que desmantelei esse esquema. Sobre a arma, precisei encontrar uma mulher no velho mercado de pescados depois das 22h.

Depois disso, voltei à igreja para terminar a missão do “Fim da Terra” e liberar a discoteca que nomeei como “Disco Elysium” — ainda estou tentando dançar com Kim; vai ficar para o dia 5.

Com a Disco Elysium aberta, nada melhor do que dançar!

Fiquei em um vai-e-vem entre Titus e Klassje para tentar descobrir tudo que aconteceu na noite do crime, e a história avançou muito neste ponto, ficou muito interessante: a mulher é perseguida pelo governo por ter feito umas merdas envolvendo segredos de grandes empresas e foi para Revachol para sair da mira dessas pessoas que a perseguiam. Acabou que os Hardies a adotaram para protegê-la de qualquer problema e, pelo que descobrimos, eles meio que são os protetores de Revachol, uma vez que ela foi uma região esquecida pelo governo e pela RCM.

Na conversa entre os Hardies e a mulher, descobrimos que a oitava Hardie e líder deles se chama Ruby e está sumida desde a morte daquele homem; ela foi quem planejou o enforcamento para proteger Klassje e fingir que ele foi assassinado por outro motivo, mas fugiu da cidade logo depois que chegamos e parece ter voltado a fugir quando viu que Kim também foi para a cidade.

Algumas pistas parecem indicar que ela sabia do assassinato antes mesmo dos outros estarem cientes, como se tivesse planejado todo o crime antes e depois. Titus ficou um pouco cético quanto a isso, mas entendeu depois que expliquei todos os pontos, inclusive sobre a entrada secreta pelos fundos da cozinha que tinha algumas pegadas (mesmo que pareçam não ser dela). Então, ele falou um pouco sobre ela e, para o dia 5, fiquei com a missão de encontrá-la para descobrir mais sobre sua história e tentar desvendar tudo que ocorreu até então.

Nota: até agora, está um pouco confuso para mim o motivo de tudo que aconteceu com Harry durante esses dias em que ele ficou louco. Vamos ver como vai se desenrolar este que talvez seja o último dia.

Mais para o fim do dia, consegui finalizar a missão do “la responsabilité”, mas, infelizmente, não tive sucesso em chamar a Coalizão para a cidade; eles não se interessaram pelos assuntos e disseram que devemos ser capazes de dar conta do recado. Fiquei um pouco decepcionado, pois queria ver quem eles eram e o que aconteceria… mas foi uma missão interessante: construir uma antena, colocá-la na porra da estátua da cidade para conseguir se comunicar com o pessoal e depois ser descartado como lixo, kkkkkkkkkkk.

No fim do dia, fui atrás da moça que estava com minha arma; a coitada é só uma coitada que parece estar há alguns dias sem usar droga, e isso a deixou meio louca. Depois de conseguir recuperar a arma, conversei com Titus e expliquei a situação dela; como ele diz que cuida das pessoas daquela cidade, resolveu ajudá-la e nos cumprimentou com um aperto de mãos (parece pouco, mas não é).


Dia 5

No dia 5, finalizei umas últimas quests e depois fui atrás de Ruby. Quando a encontrei, fui pego em uma armadilha feita por ela. Durante nossa conversa, confrontamos algumas coisas e, nesse momento, descobrimos que nem Klassje estava falando a verdade; por esse motivo, descobrimos que ela não é culpada, e, logo em seguida, Ruby foge.

Em busca de resolver o conflito

Voltando para a cidade, encontramos o caos: os mercenários queriam matar todos os Hardies, e, nesse meio tempo, tentamos intervir, mas fomos pegos nesse fogo cruzado. Kim matou um dos mercenários, e outro saiu ferido, mas os Hardies foram todos massacrados (até porque eles não têm armas); até mesmo Titus morreu e nós ficamos gravemente feridos. Depois disso, pula para o dia 7.


Dia 7

No dia 7, fomos ao quarto de Klassje, que já havia sumido antes daquele tiroteio começar, e ela nos deixou algumas pistas de onde o assassino poderia estar; isso nos levou a uma ilha isolada que ainda não havíamos visitado. Depois disso, conversamos com o gerente do hotel, que fala com certo orgulho que viu toda a guerra e quase foi pego; nós apenas acenamos com a cabeça, tipo: “É isso mesmo”, e Kim foi na onda, hahahaha. Depois, falamos com os dois Hardies que sobraram, e eles estão bem abatidos com tudo que aconteceu, mas dissemos que devem continuar o legado de proteger a cidade, e eles concordaram para manter a memória de Titus.

Depois disso, fomos para o porto pegar um barco até a ilha; essa cena é engraçada, pois Kim pilota o barco e nós ficamos levando uma caixa de som no ombro, tocando música. Chegando à ilha, vimos que ela está deserta, mas percebemos que ali é realmente o lugar onde o assassino matou o mercenário. Depois disso, acabei tirando um cochilo e descobrimos a verdade sobre o passado de Harry: o principal motivo de ele ter bebido para esquecer tudo é por conta de uma mulher de quem era apaixonado e que, em algum momento, o largou.

Em busca do atirador secreto

Após esse evento, descobrimos o assassino e que, na verdade, ele não teve nenhuma motivação; fez tudo simplesmente porque sim. Precisamos procurar a lente de aumento para finalizar a acusação de homicídio contra ele. Logo depois de conversar com ele, simplesmente aparece um gafanhoto gigante na nossa frente, e até Kim fica espantado (é o da foto que deixei aqui); depois disso, o próprio Kim diz que nunca mais vai zoar os zoologistas.

Voltando à cidade para conseguir ajuda para levar o assassino preso, nos deparamos com a equipe de Harry aguardando-o, e descobrimos que aquele cara que encontramos uns dias atrás sentado no hotel era simplesmente nosso parceiro e que ele está muito puto pelo tanto de cagada que Harry fez.

No fim, Kim diz que, mesmo com todos os defeitos, Harry é alguém dedicado ao trabalho, e nosso parceiro diz que, depois que sairmos de lá, vai levá-lo a um psiquiatra, pois ele já está louco por conta de uma mulher que o largou anos atrás.


Conclusão

Um jogo com uma narrativa e desenvolvimento incrível!

Gostei bastante desse jogo e me surpreendi com o quão denso ele é e com a quantidade de opções e escolhas que oferece. Ao mesmo tempo em que buscamos o assassino para resolver o caso, buscamos também respostas para saber quem somos. É fantástico ver o tanto que o Harrier e o Kim evoluem ao longo de todo o jogo, não é uma progressão linear, é cheia de altos e baixos e isso faz com que se torne ainda mais incrível e real a relação deles com o mundo.

E com toda certeza do início ao final do jogo somos surpreendidos com um tapa na cara, dizendo que nem sempre o que a gente espera vai acontecer; o exemplo disso é que o assassino é um cara que vive sozinho em uma ilha isolada e fez isso simplesmente porque sim.

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