Tempo de Jogo: 31:25h

Esse jogo é simplesmente sensacional. É difícil descrever algo tão louco e tão incrível ao mesmo tempo. Alan Wake II é um daqueles jogos que vai entrar para a história dos jogos, por ter uma narrativa que faz a gente ter experiência única e imersiva que é totalmente fora da casinha.
Gameplay: Simples e Fluido
O gameplay mantém a essência do primeiro Alan Wake, mas com todas as melhorias para o tornar a experiência ainda mais envolvente. A mecânica básica é familiar: você precisa usar a lanterna ou qualquer fonte de luz para enfraquecer os inimigos envoltos nas trevas e conseguir eliminá-los. Porém, neste jogo, você alterna entre dois personagens para avançar na história: Alan Wake, o protagonista que possui a capacidade de “reescrever” a realidade, e Saga Anderson, uma detetive com a habilidade do “Mind Place” — um espaço mental onde ela organiza pistas e desvenda mistérios.
Experiência com o Jogo
Peguei para jogar Alan Wake II logo após Baldur’s Gate 3 e a mudança de estilo foi bem notada no começo. O fato de não poder interagir com NPCs no mesmo nível que em BG3 me frustrou no início, mas precisamos enter que o jogo é como um livro no qual o jogador vive a narrativa. Ainda assim, houve alguns aspectos técnicos que atrapalharam minha experiência, como loadings longos mesmo com o jogo instalado em um SSD M.2, provavelmente devido a problemas de otimização para PC. Para manter o jogo estável e com alta taxa de quadros, tive que ativar o FSR e reduzir algumas configurações gráficas.
História: Genialidade e Personagens

A narrativa é simplesmente genial. A forma como o jogo brinca com a metalinguagem, explorando a linha tênue entre o real e o imaginário, e as inúmeras reviravoltas tornam a história fascinante.
A trama começa de maneira inusitada: controlamos um homem pelado e gordo que emerge de um lago, tentando escapar da floresta enquanto é perseguido. Logo, entramos no primeiro capítulo, “The Cult”, e a história toma forma. Somos apresentados à detetive Saga Anderson e seu parceiro Alex Casey, que investigam um assassinato em Cauldron Lake, onde encontram um corpo mutilado em um aparente ritual. A partir daí, a narrativa vai revelando elementos misteriosos e personagens sombrios que deixam o jogador na expectativa constante do próximo evento.
Durante o decorrer do jogo, controlamos tanto Alan Wake quanto Saga Anderson, cada um com sua perspectiva e habilidades únicas para passar os desafios. Alan, por exemplo, está preso em uma dimensão sombria chamada “Dark Place”, onde o cenário reflete uma Nova York distorcida, cheia de sombras e figuras sinistras. Durante essa fase, temos contato com o “Scratch”, um lado sombrio de Alan que quer escapar para o mundo real, criando um suspense psicológico no jogador. Já Saga, luta para desvendar o mistério enquanto enfrenta seus próprios desafios emocionais e familiares.
A ambientação é carregada de tensão e enquanto mais progredimos, mais sentimos que algo muito mais ameaçador parece estar vindo.
Momentos Inesquecíveis

Alguns momentos que fizeram eu me apaixonar ainda mais pelo jogo: há uma cena em que Saga se encontra com seus avós, Odin e Thor, membros de uma antiga banda de rock chamada “Old Gods of Asgard” – na vida real essa banda se chama “Poets of the Fall” e é foda pra caralho, simples assim. Eles ajudam Saga em sua missão de trazer o Alan de volta ao mundo, enquanto uma trilha sonora foda toca de fundo (Dark Ocean Summoning) criando um momento épico de matar os monstros ao som de um bom Heavy Metal.
Só digo uma coisa: nunca me chame para ir em um asilo. Em termos de sentir medo e apreensão para mim o asilo e o metrô no dark place foram os piores lugares. O jumpscare vem só em momento que você acha que está mais tranquilo, mas no fim vai lá e tem um ataque cardíaco.
Um terceiro momento marcante para mim foi o curta metragem que você pode assistir no cinema dentro do jogo (Sim… é verdade!) chamado de “Yötön Yö” de um diretor de cinema chamado Thomas Zane que está preso no mesmo lugar que o Alan e se você simplesmente passar reto, simplesmente vai ter a oportunidade de assistir um curta muito legal.
Conclusão

Alan Wake II é uma experiência única, uma mistura de horror psicológico, suspense e uma narrativa surpreendente. A forma como o jogo brinca com o real e o imaginário, junto com o desenvolvimento dos personagens e a atmosfera densa, faz deste jogo uma verdadeira obra de arte e até um cagão como eu, conseguiu aproveitar. No computador, sofri um pouco com alguns problemas de otimização, mas não tira em nada disso tira o brilho dessa jornada.
Se você está preparado para uma experiência intensa e repleta de mistérios, Alan Wake II vai surpreender você a cada capítulo.
Observação: Se eu fosse detalhar tudo o que senti e pensei jogando essa obra, precisaria de, no mínimo, mais umas 40 páginas!
DLC: Night Springs
Depois de jogar as três DLCs de Alan Wake II, posso dizer que, mesmo curtas, elas são muito boas e cada uma acrescenta algo único ao universo do jogo.
Resgate Cômico com Rose

A primeira DLC é uma aventura mais cômica. Nela, jogamos com Rose, que está determinada a salvar Alan, preso por seu gêmeo perverso. Rose parte numa jornada de resgate, enfrentando tudo e todos que se colocam no caminho para salvar seu amado. É uma DLC com uma pegada mais leve e divertida, oferecendo um toque humorístico à narrativa de Alan Wake II e mostrando um lado diferente do jogo.
A Missão de Jesse
Na segunda DLC, assumimos o controle de Jesse, protagonista de Control, que chega ao universo de Alan Wake para encontrar seu irmão. Ela vai até o parque em Night Falls e se encontra com Tim Breaker, o xerife da cidade, que está em uma missão própria para desvendar os estranhos fenômenos ao seu redor. Durante a investigação, Tim revela que o governo pode estar manipulando as pessoas através do café e de uma propaganda viciante que transforma a população em monstros. Essa DLC traz mais conexões entre Control e Alan Wake, dando ao jogo um tom de conspiração e suspense.
O Multiverso de Tim Breaker

A terceira DLC é, sem dúvida, a minha favorita. Ela se aprofunda no personagem de Tim Breaker, o xerife, e insinua uma possível expansão do universo de Alan Wake. Tim Breaker é alguém que Mr. Door (o antagonista misterioso) quer eliminar, pois ele possui o poder de viajar através do multiverso, assim como Door. Em várias versões, Mr. Door tenta matar Tim, mas ele sempre volta. Jesse até menciona que Tim tem um domínio sobre o multiverso que talvez até supere o de Door, o que torna o xerife uma peça-chave para o futuro da série. Essa DLC sugere que ele pode desempenhar um papel importante em jogos futuros, uma vez que suas habilidades multiversais podem abrir caminho para novas histórias e conexões com outros universos da Remedy.
DLC: Lake House

Não há muito o que dizer: essa DLC é muito boa! São cerca de duas horas de duração e pelo menos cinco ataques cardíacos garantidos. A história se passa entre os eventos de Alan Wake 1 e Alan Wake II, focando nos mistérios da Casa do Lago e no poder obscuro que reside ali.
Nesta expansão, descobrimos que a FBC (Federal Bureau of Control) assumiu o controle da região e instalou uma base experimental na área, com o objetivo de estudar o Dark Place e, quem sabe, até tentar controlar essa força sombria. Mas, como era de se esperar, as coisas saem terrivelmente errado. O que começa como uma missão de socorro rapidamente se transforma em uma luta pela sobrevivência, com o jogador buscando uma maneira de conter o caos gerado pelos experimentos fracassados.
A ambientação é sinistra e cheia de sustos — e, por incrível que pareça, mesmo com todos os jumpscares dessa vez joguei tranquilo. Com monstros que surgem de pinturas e ataques surpresa, a DLC garante uma tensão constante que só aumenta a cada nova sala que visita.
Depois dessa experiência, posso dizer que Alan Wake se consolidou como uma das minhas franquias favoritas. As DLCs têm expandido de maneira incrível o universo da Remedy, o que faz valer a pena a compra da versão deluxe, que achei que incluía apenas itens cosméticos. Valeu cada susto!