Tempo de jogo: 18:16h
Durante a pandemia, um amigo meu me disse: viu, você pegou o jogo do rato? Joga ele, é muito bom. E foi assim que conheci A Plague Tale: Innocence. Depois de ter terminado e simplesmente ter adorado em como o jogo consegue ser tão diferente, vi que tempos depois foi anunciado seu sucessor: A Plague Tale: Requiem. A sequência eu já havia comprado fazia um bom tempo, mas eu não estava no clima para jogar ainda e esperei até o fim do 2024 para iniciar a gameplay e devo dizer que jogo incrível!
História

O jogo começa seis meses após os eventos do primeiro jogo com Amicia, Hugo, sua mãe, Béatrice e seu aprendiz de alquimia Lucas buscando uma vida tranquila no sul da França, longe da Inquisição e da peste que havia destruído sua terra natal. No entanto, esses dias logo acabam, durante um de seus passeios Amicia e seu irmão Hugo acabam envolvidos num massacre que está sendo feito em uma determinada área e durante esse momento as emoções de Hugo se afloram e a Mácula, a doença sanguínea que aflige Hugo, ressurge com força total, causando novos surtos e matando todo mundo que estava ali.

Procurando por uma cura, o grupo vai para a Cidade Vermelha buscar ajuda com o Magistrado Vaudin e nesse meio tempo Amicia e Lucas descobrem que a cidade já está sendo tomada pela Peste e a Ordem está tentando encobrir todos os casos existentes. No entanto, os tratamentos realizados por Vaudin se tornam mais radicais o que faz que Hugo liberte todos os ratos que simplesmente destroem a cidade e mate quase todo mundo que vive lá e no meio desse caos Vaudin também acaba morrendo.
Após isso, sua mão diz que eles devem ir para Marselha buscar ajuda da Ordem para conter a Mácula que está afetando Hugo, porém receosa que isso não vai dar em nada, Amicia decide fugir junto com Hugo a misteriosa ilha com a qual o garoto vem sonhando.

Ao longo do caminho, eles encontram novos aliados, como o cavaleiro Arnaud e a navegadora Sophia que os ajudam a chegar na lha de La Cuna, o suposto lugar com o qual Hugo estava sonhando e poderia obter a cura para sua doença. Lá, Amicia e Hugo descobrem a verdade sobre a Mácula: ela é uma força ancestral e a ilha que pensavam ser o lugar para curá-lo, no passado foi um centro de pesquisa e controle da Mácula e descobrimos que um antigo portador que perdeu o controle e destruiu todo o local, estava preso e morto neste lugar.
Acho que esse talvez seja o primeira grande reviravolta do jogo, pois joga as esperanças de todo mundo fora na busca de uma cura para Hugo. Neste mesmo tempo a mãe Béatrice é capturada e morta na frente de Amicia e Hugo e quando o menino perde o controle ele se conecta com a Mácula e começa a destruir toda a cidade como vingança pelo que foi feito com sua mãe.

O final de A Plague Tale: Requiem me deixou um gosto amargo na boca. Durante a fuga de La Cuna, Hugo é capturado e ao ver Amicia ser ferida por flechas e jogada no mar ele acaba indo parar em Marselha, onde ficava a Ordem, mas por tudo que aconteceu com o menino ele é completamente consumido pela Mácula e começa uma destruição em massa de tudo ao redor da cidade. Amicia ao acordar e ver o que está acontecendo com Hugo, precisa fazer um sacrifício para salvar as pessoas e ela toma a difícil decisão de tirar a vida de Hugo, libertando-o da Mácula e impedindo que ela se espalhe novamente.
O final do jogo encerra a jornada de Amicia e Hugo de forma nem um pouco satisfatória, mas deixa em aberto a possibilidade de uma continuação.
Ambientação

Além da história fantástica que o jogo possui, os cenários e ambientes que o jogo possuem são tão incríveis quanto. O jogo consegue passar muito bem o visual de como era a França medieval com riqueza de detalhes não só nas estruturas, como também na forma como as pessoas interagem com o ambiente desde as cidades medievais até os campos.
Há um momento em que encontramos pessoas saindo da França em direção a Roma, como uma forma de peregrinação e também podemos ver diversos monumentos que faziam parte do antigo Império Romano ainda lá, alguns já em ruínas e outros ruindo.
Gameplay
Para ser sincero eu gostei mais da gameplay de A Plague Tale: Innocence, nele o jogo te exigia mais agir em modo Steath para evitar ser vista pelo inimigos, já neste jogo ele te dá mais liberdade para encarar os inimigos de frente e por mais que seja mais legal e eu tenha feito isso bastante, acaba por deixar o jogo um pouco mais fácil, pois eu mesmo ia matando os inimigos mais fáceis e abrindo espaço para escapar no modo Stealth.

Além disso, o jogo te dá a opção equipar facas que podem ser usadas contra inimigos mais fortes aí meio que quebra o jogo. Mas tem uma coisa muito legal para dizer: quando a Amicia se torna mais agressiva, o Hugo começa a repetir essas ações e começa a usar os ratos para matar os inimigos, porém ele começa a perder o controle, então meio que indiretamente o jogo já te força a não sair matando todo mundo, pois o Hugo vai repetir as mesmas ações.
Conclusão
A história de A Plague Tale: Requiem é uma reflexão sobre o amor, a perda e sacrifício, o jogo mostra a relação de Hugo, o escolhido pela Macula e Amicia, sua irmã e Protetora, demonstrando como ser forte e ter esperança em meio a todo o caos e destruição. Para mim, após os eventos de La Cuna, havia ficado claro que não haveria uma cura para o garoto, mas nem mesmo eu imaginava que a própria irmã precisaria matá-lo.

Quando eu digo que o jogo te deixa com um gosto amargo, não é no mal sentido e sim por conta de toda a forma que a história e desenvolvimento dos personagens é construída e no fim ele destrói completamente as nossas expectativas.
Como eu já disse, a ambientação desse jogo é incrível, eu mesmo havia tirado vários prints pelo modo foto do jogo que incrivelmente não salvou nenhum… se forem jogar e tirar print, validem antes se está salvando as fotos pelo modo foto que o jogo oferece, no fim acabei tirando alguns novos prints para escrever essa review, mas perdi vários que eu queria colocar aqui nesse review que estavam incríveis., mas é isso… o jogo é incrível e eu recomendo quem quiser conhecer mais jogar.