Tempo de Jogo: 24:04h
Há algum tempo queria conhecer os jogos mais antigos da franquia de Final Fantasy e este foi o jogo que o pessoal do Galinha Viajante me recomendou jogar, por ter sido o próximo com O sistema ATB da franquia e ir subindo para o FF V e FF VI para ir vendo as diferenças entre os jogos. No fim, acabei jogando a Pixel Remaster no Switch, mas eu comprei na Steam a coleção completa por um preço que considerei bom.
História
O jogo já começa com um soco na cara: Cecil, o comandante da frota aérea Red Wings do reino de Baron acaba de liderar um ataque brutal contra a cidade de Mysidia para roubar um cristal. A missão desperta um conflito interno nele, pois começa a questionar as ordens do rei e se suas ações foram corretas. Como punição, ele e seu amigo Kain são enviados para entregar um anel misterioso à Vila de Mist que é protegida por um suposto dragão. Após eles enfrentarem e matarem o dragão, ele chegam na cidade e aquele anel libera monstros que destroem a vila. No meio da tragédia, eles encontram Rydia, uma jovem invocadora que perdeu a mãe devido a morte do dragão (sim… os dois sem saber mataram a mão da garotinha) e em um momento de fúria e desespero, ela invoca o Titã, que provoca um terremoto que e separa Cecil de Kain.

Após acordar, Cecil vai com Rydia para Kaipo onde a protege dos soldados de Baron. Durante sua jornada, ele conhece Tellah, um mago ancião que busca encontrar sua filha Anna, que fugiu com Edward, príncipe de Damcyan. No entanto, ao chegarem ao castelo de Damcyan, descobrem que Anna morreu em um ataque dos Red Wings liderado por Golbez, o novo comandante misterioso do exército. Revoltado, Tellah jura vingança e culpa Edward pelo que aconteceu com sua filha. Após isso, Cecil e os outros seguem para Fabul para impedir Golbez de roubar mais cristais. Lá, conhecem Yang, mestre dos monges, que se junta à equipe após todos seus companheiros serem mortos pelas forças de Baron. Apesar dos esforços, Fabul é atacada e Golbez leva o Cristal do Vento e ainda sequestra Rosa, o grande amor de Cecil.

Para resgatar Rosa, Cecil precisa se tornar mais forte e ele vai para Mysidia onde é desafiado a enfrentar sua própria escuridão no Monte das Provações. Com a ajuda dos magos gêmeos Palom e Porom, ele derrota Scarmiglione, um dos generais de Golbez, e depois entra no templo para enfrentar a si mesmo e após isso renasce como um Paladino, abandonando seu passado sombrio como Cavaleiro das Trevas e sendo agora o Cavaleiro da Luz.
Nota: fiquei quase 30min tentando derrotar o Cecil 2, gastei todo meu MP, minhas poções e nada, mas quando resolvi apenas defender dos ataques deu certo e que foda ser assim hein… (no final vou falar o motivo) e fora que quem me carregou nas costas na luta contra Scarmiglione foi Palom e Porom com a Magia Gêmea que me salvaram hahahaha.

De volta a Baron, o grupo descobre que o rei foi morto e substituído por um monstro chamado Cagnazzo e após derrotá-lo, Cid, o engenheiro das aeronaves, entra para o time. Kain reaparece e faz uma proposta: trocar o Cristal da Terra pelo resgate de Rosa. Durante a missão, Tellah sacrifica sua vida ao usar Meteoro contra Golbez, revelando que o vilão não é invencível e com isso Kain se liberta do controle mental e ajuda o grupo a salvar Rosa, mas logo descobrem que Golbez precisa dos Cristais Negros para cumprir seu plano.
O grupo viaja ao mundo subterrâneo, onde se unem aos anões e conhecem Edge, um príncipe ninja que quer vingança contra Golbez. Após muitas batalhas, incluindo a derrota de mais dois generais de Golbez, Rydia retorna e está extremamente poderosa e parece que envelheceu alguns anos depois de treinar no mundo dos Eidolons. Apesar de seus esforços, Golbez consegue os cristais e está prestes a completar seu plano.

Com a ajuda da Baleia Lunar, o grupo viaja até a lua e encontra Fusoya, um Lunário que revela a verdade: Golbez estava sendo controlado por Zemus, um Lunário maligno que quer destruir a Terra. Com essa revelação, Golbez se liberta e, ao lado de Fusoya, derrota Zemus. No entanto, o ódio do vilão dá origem a Zeromus, uma entidade ainda mais poderosa. Cecil e seus amigos unem forças para derrotá-lo, contando com o apoio de todos na Terra.

Com a ameaça derrotada, a paz retorna ao mundo. Cecil e Rosa se casam assumem o trono de Baron, enquanto Kain, ainda sentindo o peso de seus erros, se exila para buscar redenção para um dia poder encarar de frente seu grande amigo. Cada personagem segue seu caminho, encerrando essa jornada épica com um sentimento de dever cumprido.
Gameplay

Esse é um jogo que tem uma gameplay bem mais simples, inicialmente era um jogo de SNES e foi tendo várias versões ao longo dos anos, mas sempre mantendo as características. Final Fantasy IV, foi o primeiro da série a ter o modelo de combate ATB (muitos odeiam, outros amam), eu mesmo gostei por ser bem rápido as ações, em FF IX já tem um problema que demora bastante para as ações acontecerem.
Além disso, fora o Cecil que começa como Dark Knight e vira Paladino, o restante não muda de classe e nem é possível alterar status, pois ele não tem nenhum sistema de jobs no jogo, todos já possuem suas classes e características bem definidas e aumentar de nível só aumenta os atributos e libera novas magias.
Gráficos/Música
Uma coisa incrível de jogar a versão do Final Fantasy IV Pixel Remaster é que além de os gráficos parecer ter sido refeitos para monitores modernos, sem ficar com aquela cara de lavada que normalmente jogos pixelados que são feitos ports de consoles antigos para atuais, é que você pode escolher entre 2 tipos de música dentro do jogo: a Original e a Orquestrada. E cara…. como isso é bom, eu escolhi a versão orquestrada e jogar dá uma sensação ainda maior de jogo épico, ficou muito legal mesmo.
Conclusões

Final Fantasy IV Pixel Remaster por ele ser um jogo mais simples e ter um bom ritmo, é a porta de entrada perfeita para quem está começando a jogar RPG ou quer conhecer a franquia. Porém, para mim o jogo consegue desenvolver de forma simples e complexa os personagens que é o ponto mais alto do jogo: a questão dos conflitos pessoas e vontades que cada um dos personagens apresentam, onde o jogo apresenta suas virtudes, falhas e dilemas pessoais, mostra uma história onde o objetivo não é só salvar o mundo e sim enfrentar a si mesmo e buscar o seu melhor.
O jogo mostra de uma forma não tão profunda questões de redenção, lealdade e autoaceitação, onde todos estão enfrentando grandes ameaças por seus próprios motivos, sua fé e seus amores. Em Final Fantasy IV para mim não há personagens “coadjuvantes”, cada integrante da party possui um arco de desenvolvimento que enriquece a história, fazendo com que cada decisão e sacrifício tenha um peso emocional significativo e contribua para a profundidade da narrativa.
Para mim os pontos negativos é que fora o Tellah que já estava claro que ele ia morrer (até por que ele só falava nisso), os sacrifícios no fim não existiram e isso tirou um pouco daquele peso emocional no sentido de que não é mais salvar o mundo e sim honrar as memórias e ações daqueles que se sacrificaram para chegarmos até aqui – eu mesmo fiquei muito abalado com o que tinha acontecido com Palom e Porom (fora que eles me carregaram totalmente até o momento deles se sacrificarem) – e chegar no fim e dizer: “Olha, estão todos bem”, é legal para a obra, mas tira um pouco do peso emocional, na minha opinião.
Outro ponto negativo para mim é o grande vilão Zemus, que literalmente é citado só no fim do jogo e tipo: “Viu, o Golbez fez coisa errada errada o jogo todo, mas o grande mal é o Zemus”, esses 2 pontos são coisas muito características da época – para quem não sabe Final Fantasy IV é um jogo de 1991 – mas fica aqui meus 2 únicos pontos negativos.

Nota: um momento muito legal é quando o Cid vai se sacrificar para que o grupo possa fugir e a Rosa tenta intervir e ele diz para Rosa: “Você pode me chamar de tio Cid”, simplesmente arte hahahaha.