Tempo de Jogo: 29:42h
Este é o primeiro jogo da série Zelda a ter a própria Zelda como protagonista e também o primeiro a ser lançado com o áudio em PT-BR. Gostei bastante do jogo, que mistura a sensação de explorar o mundo de Link’s Awakening com a mecânica de construção de Tears of the Kingdom. Aqui, a sensação de explorar cada região do mundo e descobrir como cada lugar se encontra é muito forte, e com a varinha mágica de Zelda, podemos criar objetos para superar os desafios – o tanto de camas que criei, hahahaha!
Trilha Sonora e Gameplay

A trilha sonora é, como sempre, muito boa. Muitas músicas são reaproveitadas de outros jogos da franquia, apenas com instrumentos diferentes – algo que, quem já jogou Nintendo, sabe que é uma marca registrada.
A gameplay é simples, mas bastante competente. Souberam muito bem adaptar a Zelda como heroína da história. A grande crítica que eu tenho fica para o combate: ele não é direto, pois você invoca monstros para lutar por você. Isso acaba tornando as batalhas mais lentas e, muitas vezes, frustrantes, especialmente quando você precisa se aproximar do inimigo para selecionar corretamente o monstro a ser invocado.
História e Narrativa

A história começa com Link derrotando o grande vilão e libertando Zelda, mas antes que possam fazer qualquer coisa, uma fenda misteriosa se abre no castelo, sugando Link para dentro dela. Zelda escapa da prisão de cristal, mas o castelo é consumido pela fenda. Enquanto isso, mais dessas fendas começam a aparecer por Hyrule e Zelda recebe a ajuda de uma uma critatura que tem o poder de fechá-las chamada Tri e entrega para a princesa uma varinha mágica chamada Tri Rod, que permite criar “Ecos” – cópias de objetos e inimigos, para ajudá-la em sua missão de salvar Hyrule e encontrar Link.
A história foca Zelda explorando várias regiões, para ajudar a fechar as fendas que estão consumindo seu mundo e a procura pelo herói Link. Ela interage com diferentes tribos e enfrenta novos desafios, tudo enquanto usa os “Ecos” para resolver puzzles e combater criaturas. Ao longo do caminho, Zelda encontra formas de lutar com espadas, flechas e bombas que ela recupera derrotando o Eco maligno do Link. O jogo foca na jornada de Zelda para restaurar a paz e a ordem no reino, com sua inteligência e coragem como pilares da narrativa
Mundo e Missões Secundárias
O mundo é bonito e divertido de explorar, mas, à medida que o jogo avança, falta um pouco daquele “tempero” que torna as aventuras de Zelda inesquecíveis. No começo, a exploração é empolgante, mas com o tempo o jogo começa a parecer limitado, com muitas atividades ficando restritas à missão principal. Algumas missões secundárias são interessantes, como a que desbloqueia uma roupa que permite Zelda se comunicar com gatos – achei essa uma das mais legais. Já os minigames, na minha opinião, são dispensáveis e não fazem muito sentido se você quiser passar mais de 30 horas jogando. O jogo é muito bom, mas, após umas 20-25 horas, começa a se arrastar.
O “Pocotó” e Outros Pontos

Inicialmente, eu considerava este jogo um dos melhores da franquia, mas com o tempo minha opinião mudou um pouco. O jogo é ótimo, mas alguns defeitos, como os que mencionei, acabam se destacando. Outro ponto que me incomodou foi o pocotó (nosso animal de estimação). Ele acaba sendo praticamente inútil, pois não posso chamá-lo para qualquer lugar e, se ele está em outro canto do mapa, por que eu iria voltar só para pegá-lo? Isso pareceu sem sentido para mim.
Conclusão

No geral, é um bom jogo e eu o recomendaria para quem quer conhecer a série Zelda, já que ele traz as qualidades esperadas de um jogo da franquia, mas sem elevar tanto a régua, como outros títulos da série. A história é simples, mas muito cativante. Zelda finalmente é a protagonista e o centro da narrativa. Após Link tentar resgatá-la e ser capturado por uma fenda, ele quebra o cristal que a aprisionava, deixando a missão de salvar o mundo em suas mãos. Com a ajuda de Tri, uma bolinha voadora, ela precisa fechar as fendas que ameaçam o mundo. Durante a jornada, descobrimos que Zelda é uma sacerdotisa e precisa da ajuda das três deusas para pegar a Triforce e, junto com Link, derrotar o vilão Vazio e restaurar a ordem no mundo.